Derrota para o cansaço

A inesperada derrota do Paraná Clube para o Foz neste domingo rendeu vaias ao elenco paranista na Vila Capanema. Mas para o técnico Claudinei Oliveira, o maior culpado pelo resultado não foram os jogadores, mas o cansaço da equipe, que conta com um elenco limitado e na quarta-feira havia jogado fora de casa pela Copa do Brasil.

“ Hoje o torcedor pode estar envergonhado por ter perdido, mas o Paraná tem um grupo de homens. Perguntamos a todos e dissemos que quem estivesse cansado poderia descansar. Todos pediram para jogar. Então aqui não tem vagabundo, ninguém tirou o dele da reta. No fim da partida até agradeci os jogadores pela hombridade”, afirmou o técnico na entrevista coletiva pós-jogo. “Com vinte minutos do 2º tempo os jogadores já estavam perguntando quanto tempo faltava para partida acabar. Isso nunca aconteceu. Minha opinião então é que o desgaste foi fundamental (para o resultado). Faltou um pouco de gás no segundo tempo, e isso não é desculpa, mas constatação”, complementou.

Se o resultado foi de se lamentar, a classificação merece comemorações. Desde 2007 o Paraná não chegada à semifinal do Campeonato Paranaense – sendo que também ficou longe da luta pelo título nas edições em que não houve mata-mata. “O importante é que estamos classificados, desde 2007 o clube não chegava na semifinal. Sempre falam que é um jogo de 180 minutos e eu prefiro olhar como uma vitória por 4 a 2 (resultado agregado). Mas normal, como perdeu, aí fracionam o confronto”, ironiza.

O JOGO

O Paraná Clube está na semifinal do Campeonato Paranaense, mas já não é mais o líder do Estadual. Jogando na Vila Capanema, o time da Capital foi surpreendido pelo Foz e perdeu por 2 a 1 contra um adversário desfalcado. Pepê marcou os gols dos visitantes, enquanto Anderson Uchôa fez o “de honra” dos mandantes. Todos os gols saíram na segunda etapa e ao apito final ecoaram vaias das arquibancadas.

Por sorte, no duelo de ida o Tricolor havia conseguido boa vantagem ao vencer por 3 a 0, e assim permanece vivo na competição. No entanto, com o resultado o Paraná estaciona nos 24 pontos na classificação geral e perde a liderança para o Coritiba, que tem 26 (venceu ontem o Toledo por 4 a 0). O time melhor classificado tem a vantagem de decidir em casa os confrontos no mata-mata

Agora o Paraná fica à espera do vencedor do confronto entre Atlético-PR e Londrina, marcado para acontecer ainda hoje às 16 horas na Arena da Baixada, para saber quem será o adversário no próximo domingo. No jogo de ida os dois times empataram em 1 a 1.

O Jogo

Para o duelo deste domingo, Claudinei Oliveira promoveu três mudanças na equipes, mas manteve a formação tática (4-2-3-1) e o estilo de jogo. Sem contar com o zagueiro Alisson (corte no rosto) e o lateral-esquerdo Fernandes (torção), além do meia Válber (poupado), o técnico paranista promoveu as entradas de Démerson, Rafael Carioca e Lucas Otávio, com Anderson Uchôa deslocado para a lateral-esquerda e Rafael Carioca fazendo a função de ponta-esquerda. Já o Foz tinha cinco desfalques: o meia Safira, o zagueiro Luiz Mantovanie os volantes Baiano e Bruno Flores, lesionados, e o zagueiro Baloy, suspenso.

Durante toda a primeira etapa o controle da partida foi dos donos da casa. Bem organizado taticamente, a equipe conseguia manter a posse de bola e se aproveitava dos erros de saída de bola do adversário para chegar com perigo. Nos primeiros 15 minutos de jogo foram quatro boas oportunidades. Na melhor delas, Lucio Flavio recebeu ótimo passe de Jean e ficou cara a cara com o goleiro, mas bateu mal e desperdiçou ótima oportunidade.

Depois do começo de jogo avassalador, elétrica, o time paranista esmoreceu. O controle da partida, é bem verdade, ainda era do time da Capital, mas as chances de gol rarearam, muito por conta do excessivo individualismo dos jogadores do Paraná e também pela postura mais faltosa do Foz, que não tinha vergonha em bater para segurar o rival. Assim, o primeiro tempo acabou em 0 a 0, com oito chutes a gol do Paraná e outros três dos visitantes.

Na segunda etapa, persistiu a madorrenta atuação paranista. O time anulava o setor ofensivo do Foz e seguia com maior volume de jogo, mas ainda pecava na hora do último passe. Aos 22 minutos, a primeira substituição de Claudinei, com Válber entrando no lugar de Robson. Seis minutos depois, foi vez de Rafael Carioca sair para a entrada do prata da casa Allexson. As substituições, porém, não surtiram efeito. A atuação, que já era fraca, piorou, e aos poucos as vaias vindas das arquibancadas ganhavam força.

Eis que aos 31 minutos acontece o inesperado: lançamento perfeito de Marcelo para Pepê, livre, tocar na saída do goleiro: 1 a 0 para os visitantes. Curiosamente, depois de tomar o gol o Paraná subiu de produção e chegou ao empate com um belo gol de Anderson Uchôa, arrefecendo os ânimos da torcida. Mas quando a virada parecia cada vez mais perto, o time do oeste deu o golpe de misericórdia em um contra-ataque: lançamento para Pepê, que toca para Safirinha e recebe de volta, tendo o trabalho de apenas empurrar para o fundo das redes.

Paraná 1 x 2 Foz

Paraná: Marcos; Nei, Démerson, Zé Roberto e Anderson Uchoa; Jean, Lucas Otávio (Leandro Vilela), Nadson, Robson (Válber) e Rafael Carioca (Allexson); Lucio Flávio. Técnico: Claudinei Oliveira
Foz: Nei; Chilavert, Hebert, Alex Amaro e Luiz Beltrame; Roberto, Marcelo (Alan James), Adrian e Laécio (Alex Franco); Pepê e Safirinha. Técnico: Ivan Carlos
Gols: Pepê (31 – 2º e 40 – 2º), Anderson Uchôa (35 – 2º)
Cartões Amarelos: Safirinha, Foz (F); Zé Roberto, Robson (P)
Árbitro: Fábio Marcos Zocante
Público: 5.004 pagantes
Renda: 132.280,00
Local: Vila Capanema, em Curitiba, domingo, às 11 horas

FONTE:Bem Paraná

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