Estadual pode ficar sem tv

A menos de três meses do início do Paranaense 2017, a negociação pelos direitos de transmissão do campeonato está travada. O pontapé inicial da disputa está marcado para 29 de janeiro.

A reportagem apurou que os clubes rejeitaram proposta de R$ 6 milhões da Rede Globo para televisão aberta (sem pay-per-view) – colocada na mesa no final de setembro – e exigem no mínimo o dobro do valor para fechar o acordo. O presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, é quem faz a intermediação entre as equipes e a TV.

“Conversei com o presidente da FPF e disse que por esse valor não dá nem para sentar na mesa e discutir”, reclama o vice-presidente do Coritiba , Alceni Guerra.

“Estamos abaixo de Santa Catarina, Nordeste… Então é algo muito abaixo do que consideramos razoável”, concorda o presidente do Atlético , Luiz Sallim Emed.

“Todos têm prejuízo com o Paranaense. Mas enquanto a FPF arrecadar mais do que todos não é justo. Temos de negociar juntos para chegar a uma quantia melhor. E até por princípio, acho que uma fatia do bolo deve ser dividida igualmente entre todos”, emenda o dirigente atleticano.

O montante pleitado pelo clubes é ligeiramente maior do que o cobrado pelo Paranaense 2016 – cerca de R$ 11 milhões (incluindo o pacote pay-per-view).

Procurado pela reportagem, Cury se recusou a explicar como funciona o processo de negociação. O diretor responsável pelas aquisições de direitos esportivos da Globosat, Fernando Manuel Pinto, por outro lado, confirmou que fez uma oferta pelo Estadual, mas evitou citar valores.

Ainda sem uma resposta oficial, o diretor afirmou que avaliará uma contraproposta em caso de negativa. “É difícil comparar o acordo do ano passado com o que está na mesa porque os clubes preservariam os direitos de tevê fechada para negociar conosco ou com terceiros”, lembra Pinto.

“O Paranaense atrai a atenção da mídia, pode ter até três clubes de Série A no ano que vem. É nosso interesse transmitir”, ressalta.

Interior unido

Presidente do Foz do Iguaçu, Arif Osman, revelou à reportagem que os representantes do Interior (incluindo J. Malucelli e excluindo Londrina), têm conversado para reivindicar em bloco um rateio mais favorável dos direitos de televisão. Na última temporada, a quantia foi de aproximadamente R$ 300 mil por clube.

“Temos falado, fizemos um grupo no WhatsApp, e vamos exigir um valor melhor, mais próximo do que ganham os grandes”, garante. Além do Foz e do Jotinha, Cianorte, PSTC, Prudentópolis, Rio Branco, Toledo e Cascavel formam o bloco.

Osman, no entanto, não acredita que os ‘grandes’ irão brigar para um aumento na cota das equipes menores, assim como sugere o presidente atleticano. “É história. São lobos em pele de cordeiro. Querem o deles e o resto que se exploda”, dispara.

Locução em autódromo, estádio, rádio, tv, palestra, cerimonial, formatura. Pauteiro, repórter, produtor.

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