Noite decisiva e perigosa

O Atlético encara o Deportivo Capiatá, no Paraguai, de olho na vaga à fase de grupos da Libertadores. Para isso, porém, terá um desafio extra: a ousadia de um adversário que, apesar de franco-atirador, sonha alto. O embate começa às 21h45 desta quarta-feira (22), no acanhado Estádio Erico Galeano, na região metropolitana de Assunção.

Nutrindo a ambição de surpreender a América do Sul, o azarão paraguaio vê o Furacão como último obstáculo para alcançar o maior feito do clube fundado em 2008.

Após empate por 3 a 3 no jogo de ida, na Baixada, o Capiatá joga por um marcador sem gols diante de seu torcedor para emplacar no cenário futebolístico internacional. A vantagem obtida em Curitiba, entretanto, não ofusca o contrastante panorama do confronto eliminatório.

De um lado, o Capiatá: estrutura semiamadora, último posicionado no ranking da Conmebol, com o segundo elenco menos valioso da disputa internacional, avaliado em 2,65 milhões de euros, e atletas com salários modestos, porém em dia.

De outro, o Furacão: dono de um título brasileiro, um vice de Libertadores, e de uma das estruturas mais imponentes do continente. É o sétimo elenco mais valioso do torneio, orçado em 36, 9 milhões de euros (dados do site Transfermarkt), além de salários altíssimos se comparados aos do rival.

Para completar, o embate entre um experiente treinador com título de Libertadores e Mundial, Paulo Autuori, contra um ex-volante novato na função, Diego Gavilán. São times de realidades opostas medindo forças.

E o prêmio para o vencedor é a admissão no grupo mais badalado da Libertadores, formado por Flamengo, San Lorenzo-ARG e Universidad Católica-CHI. “Entrar na fase de grupos seria o maior feito da história do clube até agora”, admite Gavilán. “Vencer o Boca na Bombonera [na Sul-Americana de 2014] entrou na história e é inesquecível. Mas o futebol é presente. O jogo de amanhã [quarta-feira] é o mais importante. Desde o início o nosso objetivo era brigar com os maiores clubes do continente”, completa.

A confiança do rival deixa o Atlético precavido para negar ao Capiatá a condição de sensação deste início de Libertadores. “No campo, o determinante é a maneira como você joga e compete. Temos de jogar bem e isso é o que interessa. Sermos melhores do que eles nesses 90 minutos”, prega Autuori, minimizando as disparidades entre os clubes.

“Os números são importantes até o momento em que o árbitro apita a partida”, reforça o meia Carlos Alberto, que deve voltar ao time na vaga de Felipe Gedoz. “A gente tem tudo para avançar para a próxima fase, é de suma importância para o nosso ano”, completa.

Capiatá quase foi eliminado

Diferentemente do que ocorreu com o Atlético, que só entrou na segunda fase da Libertadores, passando pelo Millonarios, da Colômbia, nos pênaltis, após triunfo por 1 a 0 em casa e derrota pelo mesmo placar como visitante, o Capiatá emenda seu terceiro duelo decisivo na luta por espaço na parte nobre do campeonato. Primeiro, encarou o venezuelano Deportivo Táchira. Venceu por 1 a 0 em casa e empatou sem gols em terreno inimigo. Depois, esteve perto da eliminação precoce ao ser batido pelo Universitario, do Peru, por 3 a 1, em Capiatá. Surpreendentemente, teve forças para reverter o cenário desolador no campo do oponente: 3 a 0.

FICHA TÉCNICA:

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