Após dois mandatos a frente da Federação de Tênis de Mesa do Paraná (FTMP) como presidente e um como vice, o toledano Emerson Jerônimo já tem data marcada para passar o comando da entidade que nos últimos se transformou numa das mais importantes do país, reflexo da elevada participação de atletas nas etapas do Campeonato Estadual e também pelo modelo de organização adotado por ele e sua diretoria.
No próximo dia 10 de fevereiro, em Cascavel, acontece a prestação de contas da entidade, definição do calendário anual e eleição da nova diretoria que deve conduzir ao cargo o professor cascavelense Edson Marroque, que atualmente ocupa a vice-presidência. Na condição de secretário de Esportes e Lazer de Toledo, Jerônimo permanecerá na diretoria como vice-presidente.
HISTÓRICO Para o mandatário da FTMP, o Paraná celebra um momento histórico no Tênis de Mesa levando em conta as dificuldades enfrentadas nesses últimos anos. Um dos grandes avanços desde que assumiu da FTMP em 2012 foi o número de inscritos nas etapas dos estaduais que hoje, proporcionalmente só está atrás de São Paulo. “Nesse período tínhamos em torno de 70 atletas por etapa e o recorde foi de 100. Sentimos a necessidade de melhorar esses números e as medidas que tomamos a partir daí surtiram efeitos importantes. Em 2017 tivemos em média 380 atletas a cada etapa, números que consideramos surpreendentes”, explica Jerônimo. O fator mais importante para chegar a esse patamar, segundo o presidente, foi contribuído pelo aumento no número de etapas. “Tínhamos apenas duas etapas por ano quando assumimos e fomos aumentando gradativamente. Elevamos para cinco, seis e hoje temos sete etapas no ano. Isso também possibilitou que a procura por sediações também aumentasse e consequentemente os municípios passaram a se dedicar mais a formação de atletas. Só em 2017, a inclusão das categorias estreantes A e B foram responsáveis por 30% das inscrições, índice que mostra que a modalidade continua crescendo”, explica.
DESCENTRALIZAÇÃO
O que também contribuiu para esse crescimento do tênis de mesa do Paraná foi a diretoria da FTMP que fez um trabalho decentralizado e ajudou a massificar a modalidade. Um exemplo, segundo Jerônimo, são os Jogos Oficiais, que na época chegaram a cogitar a retirada da modalidade dos Escolares e dos Jogos da Juventude e em 2017 mostrou outra realidade ao apresentar o maior número de cidades inscritas nessas competições. “Foi um período de muito trabalho, mas conseguimos nos fortalecer nos Jogos Oficiais. Não podemos deixar de destacar, que as etapas do Estadual também promoveram a inclusão dos atletas paralimpicos que jogaram em alto nível se igualando aos demais. Foram feitos que nos projetaram nacionalmente e nos colocaram entre as três melhores federações do país”, disse o dirigente.
RELACIONAMENTO O bom relacionamento com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) também possibilitou que o Paraná pudesse receber eventos importantes nos últimos anos para aumentar a sua projeção. Só em 2017, as cidades de Maringá, com a Copa Brasil, e Toledo, com o inédito Campeonato Brasileiro depois de já ter sediado uma Copa Brasil em 2016, receberam juntas quase 3.000 atletas e, além disso, se projetaram nacionalmente graças ao estreito relacionamento com o presidente Alaor Azevedo, uma vez que Jeronimo também é integrante da diretoria da CBTM como vice-presidente da Região Sul. “Procuramos nesse período fazer com que o Paraná deixasse de ser somente mais um estado no país para se tornar uma potência no tênis de mesa. Esse é um momento importante e temos de agradecer a todos que deram sua contribuição para isso acontecer. Professores, técnicos, dirigentes, pais e atletas que através do esforço buscaram crescer com a Federação e daqui para frente quem assumir tenho a certeza que dará o seu melhor manter esse ritmo de crescimento”, comenta.
