O Leão do Vale é o único dos cinco times do Estado na Copa do Brasil com a obrigação de vencer na estreia, já que, pelo regulamento, os times visitantes, por estarem melhor posicionados na ranking da CBF, jogam pelo empate na primeira fase. O Cianorte conseguiu a vaga por ter sido o terceiro colocado no Campeonato Paranaense do ano passado. A boa campanha também rendeu o direito de disputar a Série D do Brasileiro de 2018.
Este ano, as cotas por participação na Copa do Brasil têm feito os times priorizarem a competição – só por jogar a primeira fase, o Cianorte vai receber R$ 500 mil. “Salvou o orçamento do ano”, diz Adir Kist, gerente do clube. E a perspectiva é faturar ainda mais. “Vislumbramos pelo menos chegar à segunda fase. O Cianorte nunca deixou de passar da primeira fase quando disputou a Copa do Brasil. Mas, claro, sempre respeitando os adversários”, explica Kist.
O Cianorte vai para sua terceira participação na Copa do Brasil. Em 2005, fez sua campanha mais lembrada: após eliminar o Cene-MS na primeira fase com uma vitória e um empate, fez 3 a 0 no Corinthians de Tévez e Passarella no jogo de ida, em Maringá. Na volta, perdeu por 5 a 1 em São Paulo e foi eliminado. Em 2013, o Leão do Vale passou pelo Grêmio Barueri na fase inicial e caiu diante do Atlético Goianiense na rodada seguinte.
Kist era goleiro do Cianorte em 2005 e, devido aos 3 a 0 sobre um dos maiores times do País, fala sempre com carinho daquele jogo e da Copa do Brasil. “Eliminamos o Cene, tivemos aquela partida brilhante contra o Corinthians e a derrota na volta era esperada, pela grandeza e pela qualidade deles. Mas foi algo que colocou o nosso nome no cenário nacional”, lembra o gerente.
O Cianorte está invicto este ano: no Paranaense, é o terceiro colocado do grupo A, com uma vitória e três empates.