Em reunião nesta quinta-feira (26) com representantes de clubes das quatro divisões nacionais, a CBF estabeleceu uma previsão do retorno dos atletas aos treinos: dia 21 de abril.
A data ainda não é oficial, já que depende diretamente da situação da pandemia do novo coronavírus. O cenário será reavaliado cinco dias antes, em 15 de abril.O futebol está parado no Brasil desde 16 de março, quando a maioria dos estaduais decidiram suspender as competições.
Os clubes, por sua vez, definiram férias coletivas aos atletas a partir da próxima quarta-feira, 1º de abril, até dia 20 do mesmo mês. Eles usam como base a Medida Provisória 927, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada.
O Athletico já havia se antecipado a esse acordo coletivo e na última quarta-feira (25) já tinha liberado funcionários e comissão técnica.
Desta forma, a proposta de acordo coletivo que previa 30 dias de férias e nenhum corte salarial trazia pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) foi rejeitada.
Agora, cada clube está liberado para negociar uma eventual redução dos salários diretamente com os jogadores, o que já começou com alguns times da Série B, como o Paraná Clube. A oferta era de 25% de redução, considerada necessária para minimizar as perdas dos times.
“Ficou definido apenas a concessão de férias. São 20 dias agora e reavaliação da situação no dia 15 de abril. Lá se avalia novamente o quadro. Sobre a questão salarial, não houve nenhuma resposta definida. Cada clube vai definir com seus jogadores. Até porque são realidades muito diferentes”, afirmou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
Sobre o futuro do calendário 2020, Feldman disse que os clubes pediram manutenção dos pontos corridos no Brasileirão e que a ideia da entidade é não alterar os campeonatos. O futuro dos estaduais, por outro lado, segue em aberto.
“Não tem como nesse momento dizer isso [destino dos estaduais]. O desejo já manifesto é de cumprir o calendário. Apertar, ajustar, como vai ser feito, não é possível saber”, disse o secretário-geral.
Fonte: TribunaPr