O glamour do futebol, com jogadores que ganham verdadeiras fortunas é uma realidade para uma pequena minoria no Brasil. Para mais de 95% dos futebolistas brasileiros o dia a dia é de salários baixos, pagamentos em atraso, falta de calendário e clubes com pouca estrutura.
No futebol paranaense não é diferente. A Divisão de Acesso do estadual é uma prova disso, com raríssimas exceções. A Portuguesa Londrinense que está na semifinal e a dois jogos de garantir uma vaga na elite, em 2017, sofre com esta realidade diariamente.
Com um elenco reduzido e pouco dinheiro, o clube tem que conviver com atletas que se desdobram entre mais de um emprego para vestir a camisa vermelha e verde. Os mais experientes recebem ajuda de custo e o mais jovens jogam pela visibilidade. “A gente joga pela paixão, mas é claro que vislumbro algo ainda dentro do futebol. Sonhar é de graça e não custa continuar sonhando”, comentou o atacante João Marcos, um dos mais experientes do elenco. Aos 29 anos, o centroavante, que trabalha como operador de áudio em uma emissora de rádio gospel, passou os últimos cinco anos atuando no futebol amador e voltou ao clube após um convite do técnico Valber Martins, o Knário. “É sacrificante, mas vale a pena. Para não ficar sem os treinos físicos, acordo as cinco da manhã e treino sozinho antes de ir trabalhar”, revelou.
O lateral-esquerdo Danilo, 22, artilheiro do time na segundona com seis gols, abandonou recentemente o emprego de atendente de call-center e a faculdade de fisioterapia para se dedicar, exclusivamente, ao futebol. “Não estava dando conta de conciliar os três. É um sonho que eu tenho e não importa onde você joga e quanto você ganha. Quero ajudar a minha família e, no futebol, quando você acerta acaba ganhando em seis meses o que levaria dez anos para ganhar”, ressaltou. “As dificuldades realmente são muitas. É por amor mesmo ao futebol, ao clube e por querer algo melhor”. O elenco da Lusa está repleto de profissionais de outras áreas também como soldador, serralheiro e entregador.
Para o meia Everton Totó, 31, as dificuldades não têm atrapalhado o desempenho da equipe na competição. A Lusa chega a semifinal com a quarta melhor campanha. Em nove jogos, conquistou três vitórias, dois empates e sofreu quatro derrotas. “São nestas situações que você vê quem é quem. O nosso time é jovem, mas tem um espírito guerreiro”, apontou. “Os nossos jogadores são verdadeiramente operários. O time pode surpreender e pelo favoritismo do Cianorte, o grupo está com mais vontade”, frisou o técnico Knário.
Portuguesa e Cianorte iniciam no próximo domingo, às 15h30, em Londrina, a disputa por uma vaga na final. O segundo jogo será no dia 22, no Noroeste do Estado. O Leão do Vale tem a segunda melhor campanha da Divisão de Acesso e ainda não perdeu no campeonato. “O que diferencia o Cianorte dos demais é a estrutura financeira. Mas, acreditamos no nosso potencial e vamos ser o Leicester do Paraná”, garantiu o folclórico treinador da Lusa.
A outra semifinal será entre Grêmio Maringá e Prudentópolis. Os dois finalistas garantem vaga na primeira divisão do Paranaense no ano que vem.
No futebol paranaense não é diferente. A Divisão de Acesso do estadual é uma prova disso, com raríssimas exceções. A Portuguesa Londrinense que está na semifinal e a dois jogos de garantir uma vaga na elite, em 2017, sofre com esta realidade diariamente.
Com um elenco reduzido e pouco dinheiro, o clube tem que conviver com atletas que se desdobram entre mais de um emprego para vestir a camisa vermelha e verde. Os mais experientes recebem ajuda de custo e o mais jovens jogam pela visibilidade. “A gente joga pela paixão, mas é claro que vislumbro algo ainda dentro do futebol. Sonhar é de graça e não custa continuar sonhando”, comentou o atacante João Marcos, um dos mais experientes do elenco. Aos 29 anos, o centroavante, que trabalha como operador de áudio em uma emissora de rádio gospel, passou os últimos cinco anos atuando no futebol amador e voltou ao clube após um convite do técnico Valber Martins, o Knário. “É sacrificante, mas vale a pena. Para não ficar sem os treinos físicos, acordo as cinco da manhã e treino sozinho antes de ir trabalhar”, revelou.
O lateral-esquerdo Danilo, 22, artilheiro do time na segundona com seis gols, abandonou recentemente o emprego de atendente de call-center e a faculdade de fisioterapia para se dedicar, exclusivamente, ao futebol. “Não estava dando conta de conciliar os três. É um sonho que eu tenho e não importa onde você joga e quanto você ganha. Quero ajudar a minha família e, no futebol, quando você acerta acaba ganhando em seis meses o que levaria dez anos para ganhar”, ressaltou. “As dificuldades realmente são muitas. É por amor mesmo ao futebol, ao clube e por querer algo melhor”. O elenco da Lusa está repleto de profissionais de outras áreas também como soldador, serralheiro e entregador.
Para o meia Everton Totó, 31, as dificuldades não têm atrapalhado o desempenho da equipe na competição. A Lusa chega a semifinal com a quarta melhor campanha. Em nove jogos, conquistou três vitórias, dois empates e sofreu quatro derrotas. “São nestas situações que você vê quem é quem. O nosso time é jovem, mas tem um espírito guerreiro”, apontou. “Os nossos jogadores são verdadeiramente operários. O time pode surpreender e pelo favoritismo do Cianorte, o grupo está com mais vontade”, frisou o técnico Knário.
Portuguesa e Cianorte iniciam no próximo domingo, às 15h30, em Londrina, a disputa por uma vaga na final. O segundo jogo será no dia 22, no Noroeste do Estado. O Leão do Vale tem a segunda melhor campanha da Divisão de Acesso e ainda não perdeu no campeonato. “O que diferencia o Cianorte dos demais é a estrutura financeira. Mas, acreditamos no nosso potencial e vamos ser o Leicester do Paraná”, garantiu o folclórico treinador da Lusa.
A outra semifinal será entre Grêmio Maringá e Prudentópolis. Os dois finalistas garantem vaga na primeira divisão do Paranaense no ano que vem.
Lucio Flávio Cruz