As finais do vôlei de praia no masculino e no feminino foram muito parecidas. Acontecendo simultaneamente nas quadras 1 e 2 do Clube Água Azul, ambas as partidas foram extremamente equilibradas, tiveram muita participação das torcidas e foram decididas somente no tie-break.
No feminino, a dupla pontagrossense formada pelas gêmeas Kauani e Luana de Oliveira vibrou muito ao derrotar a forte dupla de Paranavaí, Aline Oliveira e Priscila Damaceno. Com parciais de 21×12, 19×21 e 15×13, as irmãs levaram o ouro comemorando muito com seu treinador, Felipe Hilgemberg: “Já ficamos muito felizes em ficar entre as quatro melhores, e na final entramos com garra e coração, colocamos em prática tudo o que o nosso técnico falou e conseguimos sair com o título”, disse a capitã Kauani. Luana ainda completa: “Jogamos juntas desde a barriga da mãe, isso facilita”, brinca.
A ligação familiar nas finais do vôlei de praia não termina por aí. Aline de Oliveira, da dupla de Paranavaí, é esposa de Willian Lotério, atleta da dupla masculina da mesma cidade que, ao lado de Igor Santana, ganhou medalha de ouro contra Alberto Neto e Luiz Fernando Waro, de Toledo. Assim como a partida de Aline, a de Willian só foi decidida no tie-break, mas ele teve mais sorte que ela: com parciais de 18×21, 24×22 e 15×09, Willian e Igor garantiram o título e a classificação para os JAPs A.
Sempre junto com o casal medalhista estava o pequeno Pietro, de dois anos, filho dos dois atletas. “É muito gostoso poder viajar para os Jogos, jogarmos juntos e ainda ter o Pietro junto com a gente, assim ele já vai aprendendo”, afirma Aline, que conheceu Willian por meio do vôlei de praia.
Técnico de Quedas do Iguaçu leva dobradinha na disputa do bronze e ainda fatura prata na premiação geral
Nas decisões pelo terceiro lugar, tanto no masculino quanto no feminino, estavam as equipes de Quedas do Iguaçu. A curiosidade é que quem treina as equipes é o mesmo técnico: Nivaldo Antunes deixou a competição com medalhas de bronze vencidas pelas duas duplas: “Essas medalhas de bronze são tão válidas como se fossem de ouro. Eram 64 duplas no masculino e nós somos a terceira. 32 duplas no feminino e somos a terceira também. Isso prova que o nosso trabalho foi feito e estamos colhendo os frutos dele”, comenta o emocionado professor.
O bronze no masculino, inclusive, veio de maneira heroica: a dupla Junior Maia e Dimas Landim foi a única equipe a disputar três partidas no mesmo dia, e mesmo mostrando certo abatimento durante a partida, deu a volta por cima, passou a vibrar muito e garantiu a medalha ao vencer a dupla de Guaraniaçu Getúlio Santin e Willian Gomes. “A gente descansou um jogo só, agora jogamos dois seguidos, foi muito pesado, estamos extremamente cansados, mas conseguimos garantir a medalha”, afirma Junior, grande responsável pela vitória da dupla de Quedas, e que já foi campeão dos JAPs B, dois anos atrás.
O bronze feminino foi garantido pela dupla Katia Ulanoksi e Vitória Nicácio, que venceu Bruna Bonissoni e Thalyne Borga, de Coronel Vivida. As parciais foram 21×16, 11×21 e 15×12.
Balanço positivo para a arbitragem
Os JAPs B de Apucarana contaram com a presença de uma árbitra internacional de vôlei de praia: Gisele Amantino, de Curitiba, trabalhou como coordenadora de arbitragem da modalidade nos Jogos, e comentou a participação da arbitragem: “Para mim foi muito especial voltar a viajar para fazer Jogos, fiquei três anos sem fazer em virtude do curso de árbitra internacional, e gostei muito de ver essa nova safra de árbitros, a competição foi muito boa para que eles possam aprender, desenvolver e poder trilhar um caminho para chegar a novos andares no vôlei de praia”, afirmou.
A fase final dos 59° Jogos Abertos do Paraná (JAPs), divisão B, é realizada pelo Governo do Estado, através da Secretaria do Esporte e do Turismo (SEET) em parceria com o município de Apucarana, com apoio dos Escritórios Regionais, Copel Telecom e Sanepar.