O Atlético Paranaense empatou em 0 a 0 o Ceará, nessa quarta-feira (dia 28) à noite, na Arena da Baixada, na partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O jogo de volta será em 15 de março, em Fortaleza. O gol como visitante não é mais critério de desempate a partir dessa fase. Caso ocorra empate na soma dos dois resultados, a decisão será nos pênaltis.
O time paranaense jogou 67 minutos com um a menos, já que o zagueiro Thiago Heleno foi expulso aos 23 minutos do primeiro tempo. O lance foi bastante contestado por jogadores, torcedores e pela comissão técnica do Atlético. O carrinho de Thiago Heleno no adversário tradicionalmente é interpretado como cartão amarelo, mas a jogada é polêmica e depende de interpretação. “Não era falta nem para amarelo”, disse o técnico do Furacão, Fernando Diniz, na entrevista coletiva após o jogo.
BOA FASE
O Atlético ainda não perdeu em 2018, somando cinco vitórias e cinco empates. Desses jogos, sete foram com os aspirantes. O Ceará, comandado pelo técnico Marcelo Chamusca, também faz um bom início de temporada, com oito vitórias nos últimos dez jogos.
ARENA
O time defende um retrospecto positivo em casa. Desde o segundo semestre de 2014, quando a nova Arena foi aberta, o Atlético disputou 22 jogos de mata-mata no local (finais ou eliminatórias). Venceu 15 e empatou quatro dessas partidas. Foram apenas três derrotas. Contando todas as competições, o Atlético não perde na Arena desde 11 de novembro (1 a 0 para o Corinthians). São três meses e oito jogos de invencibilidade.
ESCALAÇÃO
A equipe principal do Furacão, comandada pelo técnico Fernando Diniz, fez sua terceira partida em 2018. No Campeonato Paranaense, o clube vem utilizando apenas o time de aspirantes, dirigido pelo técnico Tiago Nunes. Diniz tinha força máxima para a partida e fez duas alterações. O volante Pavez atuou como zagueiro centralizado, no lugar de Paulo André. No ataque, Bergson ganhou a vaga de Ribamar. O esquema tático foi o 3-4-3.O Ceará não tinha o volante Pedro Ken (ex-Coritiba), lesionado.
PRIMEIRO TEMPO
O Atlético começou no estilo Diniz, com trocas rápidas de passes e muita movimentação no setor ofensivo. Com isso, criou boas jogadas ofensivas, mas ficou aberto para contra-ataques. O Ceará aproveitou e levou perigo em jogadas de velocidade. Em uma delas, aos 23, Thiago Heleno parou Richardson com um carrinho. O árbitro mostrou o vermelho direto. O time da casa reclamou. Com um jogador a menos, o Atlético mudou para o esquema tático 4-4-1, mas manteve a mesma proposta ofensiva de jogo. A partida ficou equilibrada.
SEGUNDO TEMPO
O Ceará avançou e passou a apertar a saída de bola do adversário na etapa final. Com isso, ganhou terreno e começou a criar chances de gol. O Atlético tentou manter a proposta ofensiva e até criou algumas jogadas, mas sentiu a pressão. Faltou pontaria ao time cearense. Nos poucos lances de precisão, o goleiro Santos salvou o time paranaense.
SUBSTITUIÇÕES
A primeira troca no Atlético foi aos 18 do 2º. Saiu o meia Raphael Veiga e entrou o zagueiro Zé Ivaldo. Pavez passou a jogar como volante e o time manteve o 4-4-1. A segunda substituição do time foi aos 28 do 2º: saiu o atacante Bergson e entrou o meia-atacante Gedoz, que ficou na meia-esquerda. Guilherme passou a jogar como centroavante. O 4-4-1 foi mantido. Aos 37 do 2º, saiu Guilherme e entrou o atacante Pablo.
ESTATÍSTICAS
Ao final dos 90 minutos, o Atlético somou 59% de posse de bola, 11 finalizações (4 certas), 93% de precisão nos passes e 4 escanteios. O Ceará teve 41% de posse de bola, 28 arremates (7 certos), 93% nos passes e 7 escanteios. Os dados dão do Footstats.
ATLÉTICO 0 x 0 CEARÁ
Atlético: Santos; Wanderson, Pavez e Thiago Heleno; Jonathan, Rossetto, Raphael Veiga (Zé Ivaldo) e Carleto; Guilherme (Pablo), Nikão e Bergson (Gedoz). Técnico: Fernando Diniz
Ceará: Everson; Pio, Valdo, Luiz Otávio e Rafael Carioca; Richardson, Juninho e Wescley (Luidy); Felipe Azevedo, Andrigo (Ricardinho) e Elton (Arthur Cabral). Técnico: Marcelo Chamusca
Expulsão: Thiago Heleno (23-1º)
Cartões amarelos: Rafael Carioca, Everson (C). Pablo (A).
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (SP)
Público: 9.511 total
Renda: R$ 139.565,00
Local: Arena da Baixada, às 21h30