Atlético foi o time da semana no futebol brasileiro. Goleou a Chapecoense na primeira rodada do Brasileirão e protagonizou um verdadeiro jogão na classificação contra o São Paulo, no Morumbi. Com isso, esperava-se que Furacão e Grêmio fizessem uma partida de muita técnica e alternativas. Mas, parecia que só um time havia subido pro prejudicado gramado da Arena do Grêmio. A equipe da casa dominou o confronto e chegou a criar diversas oportunidades reais de gol. Mas, o Rubro-Negro conseguiu se defender muito bem e sair com um ponto de Porto Alegre.
O futebol moderno do Furacão de Fernando Diniz acabou sucumbido diante da extrema qualidade técnica do Tricolor de Renato Gaúcho. A saída de bola era uma das principais deficiências do Rubro-Negro no primeiro tempo. O goleiro Santos acabou salvando o Atlético em duas chances do rápido ataque gremista. Logo no início, após uma pressão no sistema defensivo atleticano, Lucho Gonzalez entregou o ouro e o atacante Luan carimbou a trave da meta do arqueiro do Furacão.
Com uma marcação muito frouxa no meio-campo, o Atlético dava espaço e pouco criava – Guilherme e Nikão estavam completamente apagados na meia cancha. Quando Pablo recebeu, no último minuto do primeiro tempo, ele acabou demorando demais para concluir e Pedro Geromel tirou na “hora H.” Com tamanha dificuldade, o craque da etapa inicial pelo lado atleticano acabou sendo mesmo o goleiro Santos. “Tivemos um pouco de dificuldade no início de jogo, mas tenho certeza que o Diniz já identificou os erros para voltarmos melhor no segundo tempo”, disse o arqueiro na saída pro intervalo.
Na volta para o segundo tempo, Fernando Diniz manteve a equipe, mas, com quatro minutos, após ver que o Grêmio seguia no campo ofensivo, o treinador optou pela entrada do jovem Bruno Guimarães no lugar do argentino Lucho Gonzalez. A entrada do “aspirante” deu mais tranquilidade ao meio-campo rubro-negro. O Furacão se defendia com mais qualidade e passou a ocupar mais o ataque a partir dos dez minutos. A primeira chance veio aos 10 minutos, em uma boa troca de passes no setor ofensivo. Guilherme meteu no cantinho e a bola passou perto da meta de Marcelo Grohe.
Os dois times chegavam bem no ataque, mas pecavam nas finalizações. A história teve um novo rumo a partir dos 27 minutos, quando o volante Camacho foi expulso e deixou o Atlético com dez em campo.
Fernando Diniz teve que tirar o meio-campo Guilherme e apostar no zagueiro Zé Ivaldo para sair com um ponto de Porto Alegre. E tome sufoco. Santos, como no primeiro tempo, salvou o Furacão em diversos momentos e fez com que o Atlético saísse no lucro da capital gaúcha.