Pela primeira vez formado por 55 carros, o grid da 32ª Cascavel de Ouro terá inúmeras duplas de pilotos formadas por pais e filhos. Um dos exemplos é o VW Gol número 7 da RB Motorsport, que terá a pilotagem revezada por Ariel Barranco e seu filho Rafael, que vão reeditar a dupla de 2017 na corrida de 18 de novembro no Autódromo Internacional Zilmar Beux, em Cascavel. A família volta à prova para disputar a inédita premiação de R$ 150 mil.
A participação de 2017 foi interrompida depois de 19 voltas, por conta de problemas mecânicos. “Estamos trabalhando ao longo do ano em melhorias no acerto do carro. Sofremos bastante na corrida do ano passado”, lembra Rafael, que frisa a tradição automobilística em família. “É uma herança do meu avô, que já fez parceria com meu pai em corridas longas”, continua, citando Altair Barranco, um dos mais reconhecidos pioneiros do automobilismo paranaense.
Campeão metropolitano e participante de três edições do Brasileiro de Kart, Rafael Barranco migrou para o automobilismo em 2016, conquistando os vice-campeonatos paranaense e metropolitano da categoria Turismo B. Em 2017, fez uma participação na Fórmula 3 Brasil em Curitiba, indo ao pódio em terceiro lugar na classe Academy, e conquistou seus dois primeiros títulos na categoria Marcas B, no Paranaense e no Metropolitano, com 11 vitórias.
Ariel Barranco iniciou sua carreira em 1978 no kart curitibano. Em 1987 ingressou na velocidade na terra, conquistando o terceiro lugar no Campeonato Paranaense, com Opala. Em 1989, ano do primeiro dos dois vice-campeonatos paranaenses de Hot-Car, venceu a corrida de reinauguração do Autódromo Internacional de Curitiba e estreou nas Mil Milhas Brasileiras, com um Gol. Em 1990, venceu ao lado de Ângelo Giombelli as 300 Milhas de Curitiba.
As vitórias seguiram em 1991, nas Seis Horas de Curitiba, novamente em dupla com Giombelli, em 1992, nas 500 Milhas de Londrina, ao lado de Javier Perez, e em 1994, novamente nas Seis Horas de Curitiba, quando atuou ao lado de Altair Barranco, seu pai, e de Carlos Alves. Naquele ano, foi ainda campeão paranaense de Endurance da categoria B, com um Opala. Em 1995 estreou como campeão da classe B no Brasileiro de Stock Car.
O curitibano ascendeu à classe A da Stock Car em 1996 e foi sétimo no campeonato. Em 1997, foi quinto na pontuação final. Voltou a atuar no cenário nacional em 2002, finalizando o Campeonato Brasileiro de Protótipos e Turismo em terceiro lugar. Foi campeão paulista da Força Livre em 2005, com um protótipo, e atuou por três temporadas na Stock Car V8 Light, de 2005 a 2007, antes de redirecionar a carreira ao automobilismo paranaense.