Atraindo um número cada vez maior de pilotos e equipes de todo o país, a Cascavel de Ouro tem cativado de forma especial pilotos dos campeonatos de velocidade na terra. A 32ª edição terá R$ 150 mil em disputa no dia 18 de novembro no Autódromo Internacional Zilmar Beux. Uma das várias duplas das pistas de terra que vão disputar a premiação inédita no asfalto cascavelense é formada por Lucas Bornemann e Edson Leandro dos Reis.
Os curitibanos vão revezar a pilotagem do VW Gol número 41 da MP Competições. A preparação para a Cascavel de Ouro levou Bornemann a um plano de atuação que o levou ao grid do Campeonato Metropolitano de Marcas de Curitiba. “Eu imaginava que a aderência no asfalto seria muito maior que na terra, mas não senti muita diferença nesse aspecto”, detalhou o piloto, que tem apoio da Maxon Oil, marca pertencente à TecLub.
Dono de títulos nos campeonatos Paulista e Paranaense de velocidade na terra, Bornemann não vê a adaptação ao asfalto como problema. “Na terra o arrojo faz mais diferença. O asfalto requer uma tocada tranquila, mais técnica, o ajuste fino do carro e uma tocada mais limpa trazem os melhores resultados. Mas a principal diferença está na segurança. A pista de asfalto tem muito mais áreas de escape. Na terra não podemos nem pensar em escapar”, compara.
A estreia na Cascavel de Ouro reforça uma tradição em família. Piloto há mais de três décadas, José Bornemann, pai de Lucas, disputou várias edições da corrida mais tradicional do Paraná. Christiano Bornemann, seu irmão, atuou na prova de 1996. “Meu pai e meu irmão já estiveram lá, agora é minha vez. O Chris, inclusive, também vai disputar a Cascavel de Ouro. Seremos adversários na corrida, como também já acontece na velocidade na terra”, frisa.
Entusiasta do automobilismo desde a época em que torcia por vitórias de Ayrton Senna na Fórmula 1, Edson dos Reis teve no kart o primeiro contato direto com as corridas. Em 2017 acompanhou o parceiro em algumas etapas. “Só fui pilotar um carro de turismo, mesmo, em 2018”, revela o estreante. Sua preparação inclui a participação em etapas dos campeonatos metropolitanos de Curitiba e de Cascavel. “Também tenho treinado no simulador”, diz.
Edson dos Reis diz não sentir pressão. “A responsabilidade de ganhar posições é toda do Lucas. A minha parte é ficar na pista com o carro inteiro, e virando os melhores tempos de volta que puder”, manifesta, em tom de bom-humor. “Claro que a razão deixa muito claro que o papel mais importante para a construção do resultado é dele, mas a emoção me diz ‘senta lá e faz de tudo para ganhar”, completa o piloto de Curitiba.