Com 31 carros já inscritos, a Cascavel de Ouro sinaliza repetir em sua 32ª edição a tradição solidificada nos últimos anos, de confrontar os destaques dos campeonatos regionais com pilotos de todos os campeonatos nacionais de automobilismo. Marcada para dia 18 de novembro no Autódromo Internacional Zilmar Beux, em Cascavel, a corrida terá no grid campeões do Mercedes-Benz Challenge disputando em dupla a premiação recorde de R$ 150 mil.
Paioli e Gottschalk são companheiros de equipe na Paioli Racing desde a implantação da competição monomarca da Mercedes-Benz, em 2011. Antes, trabalharam juntos em demais competições de turismo, como a Copa Renault Clio. Os dois conquistaram os três últimos títulos da série nacional pela classe C250 Cup – Gottschalk foi bicampeão nas edições de 2015 e 2016, enquanto Paioli venceu a disputa pelo campeonato do ano passado.
“Nós dois estamos na maior expectativa para a Cascavel de Ouro”, diz Gottschalk. “Gosto muito de correr em provas de longa duração, e esse tipo de carro é muito divertido”, acrescenta, sobre carros de tração dianteira que usam pneus radiais, como os carros de Marcas 1.6 que compõem o grid. “Estamos desde já trabalhando no carro”, informa o piloto, que vai revezar com Paioli a pilotagem do GM Celta número 111 da Paioli Racing.
Peter Michael Gottschalk é conhecido no automobilismo pelo apelido de “Peter Tubarão”. Ex-kartista, integrou no automobilismo o grid de competições como a DTM Pick-up, o Paulista de Marcas & Pilotos, a Copa Corsa, a Fórmula Ford, a Copa Renault Clio e a Copa Super Clio, maioria delas pela equipe de Paioli. Compete desde 2011 no Mercedes-Benz Challenge, onde já conquistou quatro pole positions e 24 pódios, em 10 deles como vencedor.
Marcos Paioli, que também é o diretor técnico da equipe, construiu uma trajetória eclética no automobilismo. Disputou a Fórmula Fiat na década de 90 e, na década seguinte, a Super Clio e da Copa Clio, onde permaneceu até a categoria encerrar suas atividades. Acumulou vitórias em provas longas, como 500 km de Interlagos e Mil Milhas Brasileiras. No Mercedes-Benz Challenge, soma 19 pole positions, nove vitórias e outros 10 pódios.
Com mais de duas décadas de atuação nas pistas, Paioli vê a Cascavel de Ouro como “um mito”. “É uma prova muito forte desde que eu acompanhava o automobilismo dos bastidores, antes de pilotar. Para mim era meio que uma lenda. Voltar a guiar o carro com tração dianteira e pneus radiais, que é como a maioria dos carros com que eu já competi, é algo gratificante, e disputar uma Cascavel de Ouro complementa minha carreira como piloto”, define.
A preparação de motor do GM Celta de Gottschalk e Paioli está a cargo de José Genes Parreira, o “Zezão”, do Distrito Federal. “É um profissional da mais alta competência, que já me atendeu nas Mil Milhas e no Brasileiro de Marcas, um cara de muito sucesso nas pistas e um amigo pessoal. Fico feliz por participar entre amigos, com o Peter, o Zezão. O ambiente é positivo, não espero menos que disputar a ponta e a vitória na Cascavel de Ouro”, estipula.