Recém-contratado pelo Atlético, o técnico Eduardo Baptista percorreu pelas vias da memória, nesta terça-feira (23), caminho que o remeteu ao final da década de 80. Naqueles tempos, Eduardo viveu parte de sua infância na Baixada. Ele agora “retorna ao berço”.
Filho do técnico Nelsinho Baptista, que treinou o Furacão entre 1987 e 88, quando foi campeão paranaense (88), Eduardo conta ter relembrado os tempos em que acompanhava o pai dando treinos no Furacão.
“Com 12 anos, sentei aqui no túnel [da Baixada], quando o estádio era bem precário. Eu lembro vagamente, mas meu pai treinava o time e eu sentava ali”, rememorou, na entrevista de apresentação, ao lado do presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, e do agora diretor Paulo Autuori.
Ao ser contratado pelo Atlético, o treinador ainda revela ter realizado o objetivo profissional antigo de trabalhar no clube. “Em minha vida, traço objetivos. E eu vi o Atlético, pela filosofia, como um clube que tinha desejo grande de estar. Por tudo que é feito, o trabalho na base, toda a estrutura e filosofia. Atinjo mais um objetivo na carreira. Um dia planejei e trabalhei para estar aqui”, assegurou.
Aos 45 anos, Eduardo conta que a primeira ligação recebida após acertar a vinda para o Furacão foi a do pai, Nelsinho, que atualmente comanda o Vissel Kobe, do Japão. “É uma casa em que ele [meu pai] foi vencedor, que o acolheu, mais ou menos no mesmo momento que vivo na minha carreira, saiu daqui campeão e ganhou o mundo”, compara.
Eduardo evitou, entretanto, comentar sobre possíveis reforços para o elenco. Ele garantiu preferir trabalhar com os atletas antes, durante os treinamentos, para não cometer injustiças. “Vou ter tempo de observar durante os trabalhos e aí sim poder pautar algum tipo de reforço”, pondera.
Este é o quinto trabalho de Eduardo como treinador. Antes, ele foi preparador físico durante 18 anos. O último clube dele foi o Palmeiras, onde ficou cinco meses e obteve aproveitamento de 66,6% em 23 jogos. Ele começou a carreira no Sport, em janeiro de 2014, onde alcançou destaque até setembro de 2015.
Foram 127 partidas no clube pernambucano, com 52,3% de aproveitamento. Em seguida, trabalhou rapidamente no Fluminense, com 37% de aproveitamento e ainda na Ponte Preta, com 48% de rendimento.