O Athletico registrou superávit de R$ 63,4 milhões em 2019, de acordo com o balanço financeiro anual divulgado nesta quinta-feira (30), data-limite para a publicação do registro. O número é quase quatro vezes maior do que os R$ 16,4 milhões apresentados no ano fiscal anterior. O documento foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo, que se reuniu em videoconferência.
A receita total do clube foi de R$ 378, 7 milhões, um recorde para o Rubro-Negro. O bom desempenho foi impulsionado pelo resultado esportivo do clube, campeão da Copa do Brasil no ano passado. A análise computa R$ 159 milhões recebidos como “direitos de transmissão”. Deste montante, R$ 74,8 milhões vieram de televisionamento e R$ 84,8 milhões de premiações e participações.
A segunda maior fonte de receita do Furacão foi a venda de direitos de jogadores, que totalizou R$ 133 milhões. A principal delas envolveu o lateral-esquerdo Renan Lodi, que se transferiu para o Atlético de Madrid, da Espanha, por 20 milhões de euros, o equivalente a R$ 120 milhões, em julho de 2019. Esta venda foi feita em parcelas e só uma parte dela aparece no balanço do ano passado.
O dinheiro arrecadado com bilheteria também teve um grande salto no caixa rubro-negro: de R$ 8,7 milhões, em 2018, para R$ 23,5 milhões, em 2019. O quadro de associados, por outro lado, assinalou um ganho menor, de quase R$ 5 milhões – totalizando R$ 26,4 milhões.
Segundo o balanço, a dívida bruta integral do Athletico é de R$ 458,1 milhões, já atualizada com juros. A maior parte é referente à reforma da Arena da Baixada. A questão está judicializada e o clube quer estado e município paguem dois terços do estádio, que custou R$342 milhões para o Mundial.
Entre as despesas, o clube gastou R$ 95,4 milhões com salários e encargos. Chama atenção também o valor destinado às premiações (R$ 33,7 milhões) e os custos com transações de direitos de atletas (R$ 35,3 milhões).
Em 2018, o valor envolvendo transações de jogadores foi de R$ 20,7 milhões, quase metade.