A paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus veio justamente no melhor momento do Coritiba na temporada. Depois da semana da eliminação da Copa do Brasil e da derrota para o Cascavel CR, o Coxa não perdeu mais, com três vitórias e um empate e a liderança da primeira fase do Paranaense.
E esse vai ser o principal desafio do técnico Eduardo Barroca quando o time voltar a treinar: manter o bom momento e a forma de jogar.
“A gente vinha em um momento de crescimento, mantendo uma equipe base jogando e isso era importante para os ajustes. Não sei os prazos que teremos de preparação, seria importante isso antes de entrar em um período competitivo”, avaliou o treinador, em entrevista à TV Coxa.
Barroca lembrou dos desafios que teve quando assumiu o comando alviverde e ressaltou que rapidamente o elenco assimilou a forma de trabalho e o jeito que ele queria que o Coritiba jogasse.
“O primeiro desafio era a possibilidade de uma mudança na forma de jogar. Era um anseio dentro do clube e iam ao encontro com aquilo que eu penso como o ideal. A primeira etapa foi a mudança na chave, para que pudéssemos pressionar o adversário, ter a iniciativa em campo. Conseguimos dar um bom salto de qualidade, mas aí tivemos a eliminação na Copa do Brasil e tivemos uma semana de desequilíbrio”, destacou.
“Depois restabelecemos o nosso trabalho e ficou evidente que nosso maior trabalho neste momento era transformar o controle em oportunidades de gol e equilíbrio de equipe. Conseguimos rapidamente estabelecer este padrão de jogo”, completou.
Para que o Coritiba não volte à estaca zero após a pandemia, o técnico vem fazendo um trabalho diário durante a paralisação, mesmo longe do convívio do grupo. Dentro disso está até uma reunião com grupos diferentes de atletas, divididos por posição. Na última semana a conversa foi só com os laterais.
“Temos que compensar a falta de treinamento em campo com conversas diárias com os jogadores”, explicou o treinador.
Fonte: TribunaPR