Para o estreante técnico Ricardinho, o desempenho foi positivo pelo time estar em início de temporada. “Foi um jogo em que nossas oscilações eram previstas. Pelo momento, sendo a primeira partida, montagem de uma nova equipe e pouco tempo de trabalho, sabíamos que isso iria acontecer. Tivemos participações boas de posicionamento e entendimento do que passei nestes primeiros dias. Mas lógico que temos alguns pontos a melhorar”, avaliou. Com o resultado, o LEC ficou em quinto no grupo B da Primeira Taça, com um ponto.
Apesar do número elevado de gols, o duelo foi marcado pelo baixo nível técnico e excesso de erros. Na etapa inicial, o Tubarão teve dificuldades na criação e, consequentemente, para levar perigo. O Foz do Iguaçu abusava dos chutões e também não assustava. Aos 15 minutos, Rômulo cruzou, o goleiro Julio César saiu mal, trombou com os companheiros de time e acabou deixando a bola para Carlos Henrique, que abriu o placar. “Dependo de gols e preciso estar ligado o jogo inteiro. Se sobrar uma bola, tenho que aproveitar a oportunidade”, destacou o camisa 9.
A comemoração, entretanto, durou pouco. Quatro minutos depois do gol, o volante Matheus Olavo chutou uma bola de longa distância e colocou na gaveta, deixando tudo igual. O Londrina desperdiçou duas oportunidades, com Marcinho e Lucas Áfrico, até Anderson, aos 39, conseguir deixar a equipe novamente na frente. Depois de cruzamento de Gustavo Tocantins, o jogador mandou de cabeça na trave e na sobra colocou no fundo da rede.
No segundo tempo, o Tubarão começou melhor, e com cinco minutos Tocantins teve a chance de aumentar a vantagem, mas a bola parou na zaga adversária. O Azulão respondeu pouco depois com Luccas Brasil, em contra-ataque, mas ele mandou por cima. Aos 23 minutos, César espalmou um chute para o meio da área, os zagueiros não acompanharam e Felipe Augusto só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol, deixando a igualdade no placar mais uma vez. Debaixo de muita chuva, o Foz não aproveitou o bom momento e, sem volume de jogo, viu o visitante pressionar, mas sem sucesso.
Durante os 90 minutos, o Londrina demonstrou cautela nas construções das poucas jogadas. Segundo Ricardinho, esta não era uma estratégia para o confronto. “Inconscientemente, acaba acontecendo (a cautela), com o jogador buscando se preservar para manter regularidade. Poderíamos, em alguns momentos sem a bola, ser mais agressivos e incomodar o adversário”, afirmou o treinador. “Se o resultado não foi tão bom, a conquista de um ponto é importante”, valorizou.
Improvisado na lateral-direita, o zagueiro Romisson se disse à vontade na posição em que atuou e gostou da apresentação de seus colegas de elenco: “Foi boa a estreia, porque tínhamos a ciência de que iria ser difícil. Suportamos bem, apesar de estarmos evoluindo na parte física”.
Em Foz do Iguaçu
Foz do Iguaçu 2
Julio César; Paulinho, Alex Maranhão, Leandro Silva e Erwin; Maycon Canário, Matheus Olavo (Guilherme Alves), André Oliveira e Douglas (Léo Campos); Luccas Brasil e Ítalo Borges (Felipe Augusto). Técnico: Allan Aal
Londrina 2
César; Romisson, Dirceu, Luizão e Lucas Áfrico; Germano, Rômulo, Anderson (Wesley) e Marcinho (Thiago Primão); Gustavo Tocantins e Carlos Henrique (Keirrison). Técnico: Ricardinho
Árbitro: Fabio Filipus
Estádio: ABC
Renda: R$ 22.160
Público Pagante: 1.397 (Total: 1.499)
Gols: Carlos Henrique, aos 15, Matheus Olavo, aos 19, e Anderson, aos 39 do 1º; Felipe Augusto, aos 23 minutos do 2º