Assim como Itamar Schüle, único técnico a conquistar um título paranaense em mais de 100 anos de história, Joel Preisner pode colocar seu nome na história se conseguir salvar o Operário Ferroviário do rebaixamento. Ele foi anunciado na segunda-feira, em substituição ao treinador Claudemir Sturion, e nessa terça-feira começou a preparar a equipe para o importante jogo do próximo domingo, contra o Cascavel, no Estádio 14 de Dezembro, em Toledo.
O Fantasma manteve-se na zona do rebaixamento desde à primeira rodada do Estadual 2016 e entre as 12 equipes que disputam a competição, tem o pior desempenho. Além de precisar vencer os dois últimos jogos (Cascavel fora e Foz do Iguaçu em Vila Oficinas), o alvinegro torce para ocorrerem tropeços do Maringá, do próprio Cascavel e da equipe do PSTC.
A situação é bastante complicada de um time que investiu alto para ser bicampeão e agora faz cálculos matemáticos para não cair. “Tenho um desafio, mas eu acho que o meu maior desafio é o de motivar esses jogadores que estão cabisbaixos, o que é normal e natural para situação que estão vivendo”, disse Preisner, na entrevista coletiva, em Vila Oficinas, que aconteceu antes do coletivo no campo da fábrica da Kurashiki.
Pela manhã, ele já havia conversado com membros da comissão técnica, quando expos essa preocupação. Também manteve conversas com os jogadores Chicão e Douglas Mendes, campeões no ano passado. Com a revelação de ter acompanhado a maioria dos jogos do Fantasma neste campeonato, Preisner deu a entender ter identificados problemas que encaminharam o time para esta situação de desespero.
“Vou mexer na parte tática, agregando mais os três setores (zaga, meio de campo e ataque) para evitar o distanciamento. O importante é agrupar um pouco mais, tanto na hora de defender como na hora de atacar. Eu só tenho esta alternativa”, assinala o treinador. Preisner disse que é momento de esquecer a matemática e focar exclusivamente no jogo contra o Cascavel. A concentração, afirma, abre a possibilidade de uma vitória.
“Futebol tem que ser feito com estratégia e tem que ser esperto. Nós temos 90 minutos para ganharmos o jogo. Temos que jogar no erro do adversário”, complementa. No treino de ontem, no campo da Kurashiki, o novo treinador do Operário realizou alguns ajustes na equipe e treinou as bolas paradas. Preisner quer explorar a altura dos jogadores do Fantasma, tanto defensivo como ofensivamente. “São detalhezinhos e com alguns pequenas pinceladas pretendo ajustar o time”, conclui.
Fonte: A Rede