Depois de virar o turno do brasileirão, entre os cinco primeiros colocados, com quase 55% de aproveitamento, melhor time paranaense na competição, o Atlético, entra em queda livre, perdendo três jogos seguidos, inclusive, o primeiro dentro de casa, baixando para 47% de aproveitamento. Na noite de quarta-feira, em plena Arena, pela Copa do Brasil, o Furacão, perdeu pela quarta vez consecutiva, diante o Grêmio Porto-alegrense, por 1 a 0, gol de Bolaños, aos 6 minutos. Foi uma derrota que revoltou os torcedores, que acusaram a diretoria, como responsável pelo insucesso, xingando muito Mário Celso Petraglia. Com as dispensas de Valter e Vinicius, mais a saída do goleiro Wewerton para a seleção olímpica, e com mudanças estruturais anunciadas, a crise parece ter se instalado na baixada. De um confortável quinto lugar, o rubro negro passou para a 9ª colocação, empacando nos 30 pontos ganhos, somando nada menos que nove derrotas, uma a mais que o Coritiba, que viveu por longo tempo na zona do rebaixamento. Situação desagradável, no momento em que chegamos a 22ª rodada, entrando na reta final da competição, onde pontos perdidos em casa podem fazer muita falta. Não é a hora de se queimar gorduras, ainda mais, com dez pontos atrás do líder.
O trabalho de Paulo Autuori, no comando da equipe é bom, mas tem sido prejudicado ´pelas confusões administrativas, que criam um clima de instabilidade no elenco, como foi na saída de Vinicius. Na partida de 4ª feira, contra o Grêmio, a atuação atleticana foi vexatória, de modo especial no período inicial. Houve uma reação no segundo tempo, mas, o resultado adverso permaneceu, criando obstáculos, para o jogo de volta, em Porto Alegre. Ainda há tempo para se recuperar melhor posição na tabela, desde que haja equilíbrio na administração do clube, evitando gerar conflitos no elenco, desestabilizando jogadores e comissão técnica. Na segunda feira, o Atlético, recebe o Botafogo F.R., hoje na 13ª colocação, com quatro pontos atrás, em ascensão no torneio. Mesmo, vivendo clima de crise, o Atlético, é o favorito e tem tudo para vencer os cariocas. Paulo Autuori, precisa dar uma de psicólogo, arrumando a casa e colocando em campo o que tem de melhor. Ganhar é preciso, mas, ter tranquilidade para trabalhar, também é preciso. Caso contrário, a queda livre, vai continuar.
COXA SE ARRUMANDO.
Agora sob nova direção, com a chegada de Paulo César Carpegiani, o Coritiba, parece estar se arrumando e, graças aos seus últimos resultados, saiu definitivamente da zona do rebaixamento, pulando para a 14ª posição, somando 25 pontos ganhos, com seis vitórias, oito derrotas e sete empates, chegando aos 39% de aproveitamento. Dos últimos nove pontos disputados, o Verdão, somou sete, motivo de seu crescimento no torneio. Vai ao Morumbi, pegar um São Paulo, desequilibrado, com novo treinador – Ricardo Gomes – vindo de derrota, na 4ª feira, para o Juventude, por 2 a 1, carecendo mais do que nunca de reabilitação. O tricolor, baixou para a 11ª posição, com 27 pontos ganhos, perdeu técnico e jogadores, tentando agora, se reestruturar. O Coxa, mais encaixado por Carpegiani, pode tirar vantagem da situação são-paulina, precisando manter a qualidade do futebol apresentado na vitória, contra o Santos. Partida complicada, onde os três pontos, desde que conquistados, colocarão o time paranaense entre os dez primeiros colocados.
Na 5ª feira, o Coxa, jogando pela Copa Sul americana, perdeu em Salvador, para o Vitória, por 2 a 1, sendo visivelmente, prejudicado pelo árbitro venezuelano José Argote, que favoreceu o time baiano. Mesmo perdendo, o comportamento do alvi verde, dentro de campo, foi positivo, criando chances de gol, tendo inclusive uma penalidade a seu favor, não marcada pela arbitragem.
