O Atlético Paranaense teve uma atuação “bipolar” nesse domingo (dia 3) e empatou em 1 a 1 com o Londrina, no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Paranaense, no Estádio VGD, em Londrina. O jogo de volta será no próximo domingo (dia 10) às 16 horas, na Arena da Baixada. Quem avançar pegará na semifinal o vencedor do confronto entre Paraná e Foz. O gol fora de casa não é critério de desempate. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis.
A atuação foi “bipolar” porque o Atlético teve excelente desempenho tático no primeiro tempo e despencou na segunda etapa. No início, marcou forte e mostrou qualidade razoável na parte técnica. Teve chances para fazer dois ou três gols até o início do segundo tempo. Aos poucos, o time cansou e recuou. Além disso, demorou para reagir às substituições do Londrina e perdeu o controle da partida. Para completar, o jogo foi tenso, com muitas cotoveladas e trocas de acusações entre os jogadores. Mesmo assim, não houve expulsões.
Os jogadores do Atlético não justificaram o resultado com o campo do VGD, mas fizeram críticas. “O gramado tá muito ruim. Não tem como jogar. O jogo foi zagueiro dando chutão e bola áerea”, disse o meia Marcos Guilherme. “Não tem condições nesse gramado aí. Nosso time é técnico, de posse de bola”, explicou Nikão.
Esse foi o 5º jogo do técnico Paulo Autuori no Atlético. Agora ele soma duas vitórias, um empate e duas derrotas.
O Atlético não tinha o atacante Walter, lesionado. A novidade era o lateral-direito Léo improvisado na lateral-esquerda. O time começou no 4-4-2, com Pablo e André Lima no ataque. No meio-campo, Marcos Guilherme e Nikão atuaram como “extremos”, abertos pelos lados do campo. Jadson e Otávio jogaram centralizados.
No início, o Furacão tentou usar uma pressão alta, marcando forte a saída de bola do adversário. E dificultou a vida do Londrina, que não conseguiu criar. Depois de 20 minutos, Pablo recuou e virou um meia-atacante centralizado, deixando o Atlético no 4-2-3-1. E o time passou a marcar com uma pressão média.
O primeiro tempo teve domínio do Atlético, que somou 9 finalizações, contra apenas 2 do adversário.
A primeira etapa teve ainda um lance polêmico. André Lima girou e marcou um gol para o Atlético. O árbitro viu falta do atacante no zagueiro e anulou.
O segundo tempo começou com gol. Aos 6, Pablo ajeitou para Jadson, na cara do gol. Ele chutou e fez 1 a 0.
Aos 10 minutos, o Londrina fez duas substituições. Entraram o meia Netinho (ex-Atlético) e o atacante Wellisson. Saíram o meia Rafael Gava e o atacante Bruno Batata (ex-Coritiba). O time do Interior equilibrou o jogo, avançou e pressionou. O Atlético era eficiente na marcação e não permitia jogadas ofensivas do adversário.
Aos 28, o atacante Keirrison (ex-Coritiba) entrou no lugar do atacante Paulinho (também ex-Coritiba).
A bola parada de Netinho acabou fazendo a diferença. Ele bateu escanteio aos 32 e colocou na cabeça de Germano (ex-Coritiba), que empatou em 1 a 1. Depois do gol, o Atlético se perdeu e levou pressão do Londrina.
Aos 35, Paulo Autuori tirou os meias “extremos” Marcos Guilherme e Nikão. Entraram o atacante Anderson Lopes e o meia Vinícius.
O Londrina seguiu pressionando até o fim, principalmente nas bolas paradas de Netinho.
LONDRINA 1 x 1 ATLÉTICO
Londrina: Marcelo Rangel; Bidia, Luizão, Silvio e Paulinho; Diogo Roque, Germano, Rafael Gava (Netinho), Zé Rafael e Paulinho (Keirrison); Bruno Batata (Wellisson). Técnico: Claudio Tencati
Atlético: Weverton; Eduardo, Paulo André, Thiago Heleno e Léo; Otávio, Jadson (Deivid), Marcos Guilherme (Vinicius), Nikão (Anderson Lopes) e Pablo; André Lima. Técnico: Paulo Autuori
Gols: Jadson (6-2º), Germano (31-2º)
Cartões amarelos: Silvio, Germano, Rafael Gava (L). Nikão, André Lima, Eduardo, Paulo André, Weverton (A).
Público: 3.305 pagantes (3.755 total)
Local: VGD, em Londrina
Fonte: Bem Paraná