Se a paciência do torcedor está no limite com os sucessivos tropeços do Coritiba no Brasileiro – neste domingo (31), o time chegou à sétima derrota em 17 rodadas – internamente, entre o grupo Alviverde, o discurso para explicar as derrotas segue o mesmo.
A começar pelo técnico Pachequinho. Minimizando o placar desfavorável, o treinador creditou o resultado à “falta de sorte”, apesar de tecnicamente o time ter uma apresentação fraca e sair de campo sob vaias da torcida e o coro de “vergonha, vergonha” das arquibancadas.
“Pelo volume de jogo e oportunidades que o time criou, merecíamos uma sorte maior”, analisou o técnico, que lamentou apenas o baixo aproveitamento de ataque do Coxa. “Foi um jogo que nossa equipe vinha trabalhando bem a bola, impondo ritmo forte no Flamengo e num lance, num detalhe, proporcionamos o gol ao adversário”, acrescentou.
O tropeço em casa colocou o Coritiba novamente na zona do rebaixamento e mantém o time com uma fraca campanha em seus domínios no Brasileirão. Apesar da primeira derrota no Couto Pereira na competição – com mando, havia perdido também para a Chapecoense, por 4 a 3, na Vila Capanema, na 5ª rodada – o time soma quatro empates em seus domínios (São Paulo, 1 a 1; Palmeiras, 2 a 2; Internacional, 1 a 1; e Botafogo. 0 a 0), com aproveitamento de apenas 48,15% em casa.
Entre os jogadores, a falta de razões para explicar o resultado repete o tom do comandante. Ou seja, sem muitas justificativas e repleto de lamentações. “Erramos muitos passes, finalizamos menos e tivemos desatenção atrás, agora é assumir a responsabilidade”, resumiu o zagueiro Luccas Claro, ainda na saída de campo, com os protestos da torcida ao fundo. “[O primeiro gol do Flamengo] desestabilizou a nossa equipe. Com a torcida cobrando, os jogadores não renderam e fomos castigados com essa derrota”, completou o lateral Ceará.