A liderança do Paraná no Estadual não se resume à tabela de classificação, onde a equipe comandada por Claudinei Oliveira acumula 18 pontos em sete partidas. Nas arquibancadas, a torcida do Tricolor encabeça a lista de maior média de público da disputa até o momento, cenário que atesta a euforia dos paranistas após o início positivo em 2016. Otimismo criado, em parte, pela inédita largada com cinco triunfos seguidos.
“Isto é motivo de orgulho e uma resposta à torcida da dupla Atletiba, que tira sarro de nós por causa dos baixos públicos. Estamos aí para provar que é só montar um time bom, ter bons resultados, que a torcida paranista comparece em peso”, garante o supervisor comercial Bruno Kaiser Ross Ortiz, 31 anos, que foi a todos os jogos na Vila Capanema neste ano ao lado do filho Pedro Henrique Hasselmann Ortiz, 11 anos.
Para o cirurgião dentista Paulo Victor Marinho, 30 anos, além dos bons resultados em campo, o planejamento e a mudança de postura da diretoria são fatores que alavancam a presença de público. “O Paraná manteve uma base e fez poucas contratações. Além disso, trouxe o Claudinei, pessoa esclarecida, que sabe falar com os jogadores. E ainda está acertando as dívidas do passado”, celebra o paranista.
A alegria das arquibancadas tem impactado diretamente no elenco. Para o lateral-esquerdo Fernandes, o apoio da torcida faz com que os atletas se motivem para manter o surpreendente bom rendimento. “No futebol se vive de alegria. Quando o time traz isso para o torcedor, é sinal de que estão confiando novamente em nós”, opina o atleta. “O torcedor está feliz, mas não paramos por aqui. Temos muito a conquistar”, promete.
O recém-contratado Demerson pôde sentir na pele o entusiasmo tricolor na vitória sobre o Furacão. O zagueiro assistiu ao triunfo por 1 a 0 nas cadeiras sociais do Durival Britto. “Assim que acabou o jogo, a vontade que tive foi de assinar contrato na hora e já entrar em campo”, revela.
A boa campanha na largada do Estadual ainda faz os torcedores sonharem com o acesso para a Série A, após nove anos consecutivos na Segundona. “Mantendo essa base e contratando pontualmente, temos muitas chances de subir”, analisa Ortiz. “Temos mais chances do que em 2013, quando batemos na trave. A tendência é brigarmos na parte de cima”, reforça Marinho.
fonte: GazetadoPovo