De um lado, uma equipe da Série A, um treinador campeão da Libertadores e jogadores de renome. De outro, uma equipe da Série B, um treinador com pouco tempo de carreira efetiva e jogadores sem tanto cartaz. Assim é o panorama de Atlético x Paraná Clube, que iniciam neste sábado (16) a disputa das semifinais do Campeonato Paranaense. Embora seja um clássico, a partida deste sábado confronta um “rico” e um “pobre”.
O Atlético, integrante da primeira divisão nacional, vai iniciar a disputa das semifinais num estádio padrão Fifa, que foi palco de Copa do Mundo, com grama sintética. Seu treinador, Paulo Autuori, ostenta um título brasileiro (Botafogo, em 1995) e duas Libertadores (Cruzeiro, em 1997, e São Paulo, em 2005). O elenco tem jogadores como Thiago Heleno (ex-Palmeiras), Vilches (seleção chilena), Paulo André (ex-Corinthians), Walter (ex-Fluminense) e André Lima (ex-Grêmio, São Paulo e Botafogo). “Estou feliz da vida como técnico de ter dois atacantes como eles”, disse Autuori.
Além disso, o clube tem várias opções para o banco. Pode-se dar ao luxo de escalar apenas Walter na linha de frente, deixando André Lima – titular na última partida – na reserva. “Nesse jogo, não vão jogar juntos. Isso é perfeitamente possível em alguns momentos e no futuro pode ser uma opção duradoura. Mas no momento não”, falou o treinador Paulo Autuori.
O Paraná está longe da primeira divisão desde 2008. Aliás, o time não disputa a semifinal do Estadual desde 2007, quando passou pelo Atlético e chegou à final – perdeu para o Paranavaí. O estádio – que vai receber a partida de volta, no próximo fim de semana – também recebeu jogos de Copa do Mundo, só que em 1950. Está longe dos atuais padrões de excelência. Além disso, o clube corre risco de perdê-lo na Justiça. Seu treinador, Claudinei Oliveira, tem um currículo modesto. E nenhum dos atuais jogadores do time titular chegou a brilhar em alguma equipe de primeira divisão. “Nadson e Robson antes eram jogadores desconhecidos, hoje são realidade”, falou o treinador.
Além disso, o clube admite a falta de opções no banco. Claudinei tenta ao máximo repetir a equipe-base, mesmo ciente de possíveis problemas. “O desgaste nosso é muito maior que o de outras equipes. O Nadson, por exemplo, jogou quase o campeonato inteiro. O Robson também”, exemplificou.
O Atlético chegou à semifinal ao passar pelo Londrina. Empatou fora de casa (1 a 1) e venceu na Arena (2 a 0). O Paraná encaminhou a vaga ao bater o Foz no jogo de ida (3 a 0) e acabou perdendo em casa (2 a 1). Contudo, o time da Vila Capanema fez melhor campanha global no Estadual e, por isso, tem a vantagem de decidir a vaga em casa.
Atlético x Paraná
Atlético
Weverton; Eduardo, Thiago Heleno, Paulo André e Sidcley (Léo); Otávio, Jadson, Marcos Guilherme, Vinícius e Nikão; Walter. Técnico: Paulo Autuori
Paraná
Marcos; Nei, Alisson, Zé Roberto e Fernandes; Jean, Anderson Uchoa, Nadson, Valber e Robson; Lucio Flávio. Técnico: Claudinei Oliveira
Árbitro: Felipe Gomes da Silva
Local: Arena da Baixada, em Curitiba, sábado, às 16h20
Fonte: Bem Paraná