Firmemente disposta a fomentar a prática da Ginástica Aeróbica, a Confederação Brasileira de Ginástica realizou, no último dia 12, mais uma ação virtual pautada no estudo geral e específico da modalidade. Desta vez, os treinadores se debruçaram sobre “Conteúdo Aeróbico e Montagem Coreográfica”. A atividade foi mediada por Kátia Lemos, Coordenadora Técnica de Ginástica Aeróbica da CBG, e a palestrante foi Cláudia Borelli.
“Cláudia é uma tremenda treinadora, com formação admirável em dança e um conhecimento profundo na montagem de coreografias”, afirma Kátia.
Cláudia, hoje treinadora de aeróbica na Sociedade Esportiva Palmeiras, iniciou precocemente sua trajetória na dança profissional, aos 16 anos de idade, ao se integrar a um grupo que marcou época, a Cia. de Dança Jazz Company, onde aprendeu muito com a renomada coreógrafa Dinah Perry.
“Foi nessa época em que quis me tornar uma coreógrafa, muito influenciada também por filmes como Flashdance e Os Embalos de Sábado à Noite. Quando me tornei ginasta, essa experiência na dança foi fundamental”, diz Cláudia, que se tornou campeã individual brasileira em 1990.
A partir de 91, Cláudia passou a conciliar sua agenda de ginasta com a de coreógrafa, montando coreografias para diversos atletas do interior paulista. “O movimento da Ginástica Aeróbica era muito intenso. A gente chegava a ser escoltado quando íamos às cidades do interior paulista, tamanho o assédio”, diz a ex-atleta, que conquistou a prata no individual no Mundial de Las Vegas, em 92.
No Estudo realizado no dia 12, Cláudia utilizou parte dessa bagagem para contribuir para a formação de novos treinadores. “Nossa ideia é oferecer a pessoas que não conhecem tanto a modalidade uma possibilidade de contato. Nós procuramos explicar o regulamento, oferecendo ferramentas para que elas venham a ter capacidade de desenvolver suas coreografias”.
Segundo Kátia, uma série de aspectos devem ser levados em conta no processo de construção de uma coreografia vencedora. “É preciso ter boa noção das habilidades, estilo e experiência do atleta, além de escolher uma música que faça jus a essas habilidades. É necessário também saber fazer a montagem, concatenar uma série de passos básicos e saber onde colocar os elementos de dificuldade. Por não ser um processo simples, requer-se estudo e conhecimento. A finalidade dessa ação da CBG é dar um empurrão, deixar clara a necessidade do estudo, do preparo e do planejamento”.
De acordo com a Coordenadora Técnica de GAE da CBG, o feedback recebido dos participantes do Estudo foi encorajador. “A repercussão foi muito positiva. Recebemos várias mensagens que nos animam a propor mais ações para continuar disseminando conhecimento”.