Está difícil de entender e de explicar, o fenômeno Operário Ferroviário, no futebol . Campeão em 2015, vencendo o Coritiba, nos dois jogos finais, mantendo um elenco com jogadores de boa qualidade. Começa a nova temporada, 2016, e o Fantasma, desaba, não joga nada, perde quase todos os jogos disputados e, acaba rebaixado. Mudou o técnico, mais de 70% do grupo de atletas permaneceu e, o alvi negro foi rebaixado. Uma grande decepção que deixou a entusiasmada torcida entristecida, ainda mais que o clube sonhava com a série “D” brasileira. Do sonho ao pesadelo. O presidente Laurival Pontarollo e o comandante do grupo gestor José Álvaro Góes, assumem a responsabilidade pelo fracasso, prometendo recuperar a imagem riscada do clube. Como campeão estadual de 2015, o Operário garantiu sua participação na Copa do Brasil, deste ano, pegando de saída, o time do Criciúma, uma das forças do futebol catarinense, apontado como favorito disparado. Para os torcedores e a crônica princesinha, o Operário, dificilmente jogaria a segunda partida. Com as fracassadas passagens de Antônio Picoli e Claudinei Sturion, no comando técnico, os dirigentes, trataram de contratar um novo preparador. Veio Gerson Gusmão, que estava no futebol gaúcho. Ele, já tinha trabalhado como assistente de Itamar Schulle, na vitoriosa campanha de 2015.
Assumiu o time, nas duas últimas partidas do estadual, ao lado de Joel Presner, sabendo que seria rebaixado. Trouxe um novo alento ao grupo de jogadores. Estava ressurgindo, o Fantasma de 2015. Com administração segura da dupla Álvaro Góes e Laurival Pontarollo, o “trem fantasma” começou a entrar nos trilhos e jogar futebol.
Para quem imaginava desclassificação, na primeira fase, o Operário , jogando duas excelentes partidas, eliminou o Criciúma, com vitória em Vila Oficinas por 2 a 1 e empate, na segunda partida em 1 a 1, no Heriberto Hülse. Veio o prêmio de 300 mil reais, pago pela CBF., e com ele um novo problema para os dirigentes do clube. Com todos os jogadores contratados para o estadual, os contratos estavam terminando, já que todo o elenco tinha compromisso até o dia 10 e 25 de maio. Ninguém esperava a classificação. Diante da conquista, dois novos jogos surgiram pela Copa do Brasil, tendo como adversário o Paysandu, de Belém do Pará. Transtorno financeiro, para um clube que, não tem mais calendário em 2016. 19 renovações, para, quem sabe, mais dois jogos. A dupla Pontarollo/Góes, foi a luta e conseguiu manter o grupo, com contratados renovados por mais 90 dias, correndo o risco de sair da Copa do Brasil, já na primeira partida contra o Paysandu. Veio o “PAPÂO”, chegou como campeão paraense e da Copa Verde, disparado o favorito. Outra surpresa, o Operário deu um show no time paraense, ganhando por 1 a 0, com gol de Washington aos 14 minutos do segundo período. O time de Gerson Gusmão, jogou 60 minutos com 10 homens, diante a expulsão do zagueiro Sosa e, mesmo assim, criou quatro reais oportunidades, para estabelecer um placar maior. Foi um jogo memorável, com qualidade e empenho dos jogadores alvi negros. Na próxima partida, jogará pelo empate, podendo perder pela contagem mínima, para levar a decisão as penalidades
E agora? Vem o segundo jogo, marcado pela CBF, somente para o dia 6 de julho, em Belém do Pará. Serão 49 dias de espera e, o pior, sem ter com quem jogar, mantendo uma considerável despesa, sem poder contar com arrecadações de outros jogos. Ora, cabe à Federação Paranaense de Futebol, auxiliar seu filiado, tentando junto a CBF, a antecipação desta data do mês de julho, para, pelo menos, a primeira semana ou quinzena de junho. Esperamos que o bom senso prevaleça, e esta partida seja antecipada. Para quem viu o fracasso no estadual, ver o Operário jogando muito na Copa do Brasil, com quase o mesmo elenco, é uma surpresa agradável que merece uma explicação para o torcedor.
Como foi a primeira vez que o Operário, enfrentou e venceu o Paysandu, vale o registro da ficha técnica da partida:
OPERÁRIO 1 X 0 PAYSANDU – Local: Estádio Germano Kruger – Copa do Brasil 2016. Arbitragem de Bráulio da Silva Machado (SC). Assistentes Elton Nunes e Alex dos Santos. Gol: Washington aos 13 do 2º tempo. Cartões Vermelhos para Sosa do Operário e Cristian do Paysandu.
Renda: 58.540,00 – Público total 3.515.
OPERÁRIO: Juninho, Alessandro, Douglas Mendes, Sosa e Peixoto. Chicão, Lucas, Serginho Paulista e Washington (Thiago Silva). Lucas Batatinha (William Lira) e Rafinha (Baiano) = Técnico: Gerson Gusmão. .
PAYSANDU: Emerson, Roniery (Cristian), Fernando Lombardi, Gualberto e Lucas (Wanderson). Ricardo Capanema, Augusto Recife, Celsinho (Rafael Luz) e Rafael Costa. Leandro Cearense e Paulinho. Técnico: Dado Cavalcanti.