Depois de 4 meses sem rever os familiares, as atletas Morgana Gmach, 21, e Bruna Morais, 19 anos, ginastas da Sadia e que fazem parte da seleção brasileira de conjunto, que se prepara para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, tiveram uma pequena folga. Bruna, que não participou do evento teste, no Rio de Janeiro, teve pouco mais de uma semana, enquanto Morgana, que esteve no evento teste, de quarta, 20, a sexta-feira, 22, teve um descanso menor. Ainda assim deu para rever a família e amigos. Mesmo de folga, as duas ginastas, que retornam para Aracaju nesta quarta-feira, 27, treinaram nos dois primeiros dias da semana e puderam rever antigas professoras e colegas de equipe.
Conforme as duas ginastas, o treinamento está bastante intenso e a expectativa é grande para as Olimpíadas. Ao todo, 12 atletas fazem parte da seleção brasileira e treinam os dois conjuntos que estão sendo preparados para a disputa, o de arco e maças e o de fitas. Apenas cinco atletas, no entanto, poderão representar o país no Rio de Janeiro. “Estamos dando o nosso melhor e nos esforçando bastante para garantir a vaga. No nosso retorno, deverá ser feita uma nova avaliação para definir a equipe principal”, relata Morgana, que está como titular dos dois conjuntos, o de arco e maças e o de fita. Bruna, por sua vez, treina como reserva, mas como as outras ginastas alimenta o sonho de estar na equipe titular. “A gente torce por todas. Somos a seleção brasileira, independente de estar na reserva ou como titular. A gente treina como todas as meninas e está sempre pronta para substituir alguma que vier a faltar”, comenta ela, relatando que a principal preocupação das ginastas é evitar lesões às vésperas da competição, o que pode afastar da disputa.
“A gente cuida muito para evitar este risco. Por isso, mesmo com a restrição alimentar imposta às ginastas, que precisam manter o peso, tomamos suplementos que complementam esta carência”, explica Morgana. Chamada às vésperas dos Jogos Pan-Americanos, no ano passado, para substituir uma ginasta que se lesionou, Morgana garantiu a participação no grupo e participou ao longo do ano de diversas competições. Somente em 2016 foram três copas do mundo – em Portugal, Itália e França – e outras três estão programadas para este ano, antes dos Jogos Olímpicos. “Ainda não sabemos quem vai, mas são três copas do mundo, incluindo a Bielorrússia, Bulgária e Espanha, antes dos Jogos Olímpicos”.
Na semana passada, no evento teste no Rio de Janeiro, em que a equipe brasileira garantiu o quinto lugar geral, Morgana teve uma primeira experiência do que poderá ser a participação nos Jogos Olímpicos. “Foi muito bom. Já deu para sentir um friozinho na barriga. Fiquei toda arrepiada. Imagine só nos Jogos Olímpicos, com o estádio completamente lotado”, destacou ela, ressaltando que o evento teste, como o próprio nome diz, foi para testar as coreografias. Segundo ela, o teste foi muito positivo e mostrou que as coreografias estão muito boas, embora tenham sido cometidas algumas falhas que poderão ser corrigidas até a Olimpíada, em agosto. As atletas também aprovaram o tapete, a altura do ginásio, o local onde será realizada a competição oficial.
Até as Olimpíadas, afirmam Morgana e Bruna, o foco é único e exclusivo na competição. Por conta disso, as duas atletas e as demais da seleção brasileira interromperam os estudos neste semestre, para ter dedicação exclusiva. A rotina inclui 8 horas diárias de treinos e alguns passeios nas quartas e sábados, quando são seis horas de atividades. “A gente chega tão cansada que nem queremos sair. Só queremos descansar e nos preparar para o outro dia”, comenta Morgana. As duas são unânimes em afirmar que a folga neste período foi muito importante e o contato com a família e os amigos serve para dar a energia necessária para continuar treinando. “Estávamos há quatro meses longe de casa. Este contato serve para recarregar as energias e manter o foco nos próximos três meses de preparação e na competição”, ressalta Morgana. As duas atletas se apoiam uma da outra para manter os objetivos e superar a saudade de casa e dos amigos.
O projeto de Ginástica Rítmica de Toledo, com 26 anos de atuação no município, é patrocinado pela Sadia, conta com as parceiras do Sesi, prefeitura de Toledo, apoio da Unimed e com o co–patrocínio de O Boticário, Sanepar e Prati-Donaduzzi, através de recursos obtidos pela da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte/Governo Federal.