Rio 2016: seleção de BMX finaliza preparação em nova pista de Londrina

Os pilotos da seleção brasileira de BMX estão em Londrina na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Renato Rezende e Priscilla Carnaval estão treinando na nova pista de supercross, construída pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), ao lado do Autódromo Internacional Ayrton Senna.
A dupla embarca no próximo sábado para o Rio. O BMX será disputado entre quarta e sexta-feira na pista erguida na Arena de Deodoro. No masculino são 32 participantes, divididos em quatro chaves de oito ciclistas. Entre as mulheres são 16 competidoras.
Aos 25 anos, o carioca Renato Rezende vai para a sua segunda olimpíada. Em 2012, em Londres, o carioca perdeu a chance de chegar a final após sofrer uma queda e lesionar o ombro. O ciclista revelou que a preparação nos últimos quatro anos foi muito intensa e ele chega bem preparado para a disputa.
“Foi muito trabalho e dedicação. Minha expectativa é chegar na final, entre os oito melhores. No BMX tudo pode acontecer até pelo contato físico. Quero chegar inteiro para brigar por medalha”, frisou.
Já a paulista Priscilla, que tem 22 anos, estreia em Jogos Olímpicos e trabalha para segurar a ansiedade de correr em casa e ao lado da torcida. Há quatro anos, a representante brasileira nas Olimpíadas foi Squel Stein.
A preparação da dupla contou com um período de treinamento na Califórnia, nos Estados Unidos. “Esta fase foi bastante importante pela oportunidade de ter contato com as adversárias e sentir o nível delas”, revelou Priscilla. “As últimas competições têm mostrado um nível muito alto e um equilíbrio entre as ciclistas. Quem estiver melhor preparada, psicologicamente, na hora certa e no lugar certo leva a medalha”.
Para o técnico Daniel Jorge, os dois chegam em ótimas condições, mas o treinador preferiu diminuir a pressão por um lugar no pódio. “Não cobro o resultado em si. Espero que façam uma boa prova. O resultado, uma final, uma medalha é a consequência de um bom trabalho”, afirmou Jorge.
Todos na equipe de BMX esperam que o apoio da torcida brasileira seja um diferencial. “Tenho acompanhado várias competições e o torcedor tem feito a diferença. Espero poder usufruir de todo este clima”, relatou Rezende. “Temos trabalhado o lado psicológico para que o fator casa não se transforme em um excesso de responsabilidade e atrapalhe o desempenho”, afirmou o treinador.
O ciclismo do Brasil já participou destas Olimpíadas com Flávia Saraiva e Clemilda Fernandes na prova de Estrada. Flávia conseguiu o melhor resultado da história do ciclismo brasileiro em Jogos Olímpicos, com o sétimo lugar. Clemilda fechou em 51º.
Lucio Flávio Cruz

Locução em autódromo, estádio, rádio, tv, palestra, cerimonial, formatura. Pauteiro, repórter, produtor.

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