O Grupo Universal Automotive Systems, que já patrocina Beto Monteiro na equipe RM Motors Volkswagen na Copa Truck, vai expandir sua participação no esporte motor ao levar o piloto pernambucano para a Stock Car. O anúncio foi feito hoje em um evento em Interlagos. Monteiro vai disputar a temporada 2021 da Stock Car na equipe Crown Racing, e provavelmente terá como companheiro de equipe o pentacampeão Cacá Bueno. Em ambas categorias, na Truck com um Volkswagen e na Stock Car com um Chevrolet, Beto Monteiro levará o número 88 que o consagrou.
Para Ricardo Ferreira, fundador e CEO do Grupo Universal, chegar à principal categoria do automobilismo brasileiro é um passo fundamental no sentido de ter uma plataforma de patrocínio completa, que junte razão e emoção para se comunicar com seus diversos públicos. “A Universal nasceu há quase 45 anos da paixão por automóveis, um sentimento compartilhado por grande parte de seu público, desde os colaboradores até todos com quem fazemos negócios. E nada melhor que se comunicar com esses públicos através do esporte motor, que traz valores como competitividade acirrada dentro das regras, trabalho em equipe, liderança, confiança e credibilidade. Já dialogamos bem com o público de caminhões, e a chegada à Stock Car amplia muito nosso espectro de comunicação, atingindo o público de automóveis, tanto com o público em geral como com nossos parceiros de B2B. Temos a certeza de que a Stock Car será uma ferramenta importante no sentido de consolidarmos nossa posição como líder e referência no setor de autopeças de reposição (aftermarket)”.
Bicampeão da Fórmula Truck (2004 e 2013) e atual bicampeão da Copa Truck, Beto Monteiro vai encarar o enorme desafio de estrear na mais competitiva categoria do automobilismo brasileiro aos 45 anos (nasceu em 18 de agosto de 1975). Será o primeiro e único piloto a fazer a temporada completa das duas maiores categorias do esporte motor nacional. “Estou muito feliz e ansioso com essa oportunidade de disputar a temporada completa da Stock Car, dentro de um projeto maior do Grupo Universal para o esporte motor. É um baita desafio, mas que eu vou encarar com uma motivação gigante e tendo suporte, além do meu patrocinador, de uma equipe e um companheiro de box campeões”, diz o piloto, que correu como convidado as corridas de duplas da Stock Car em 2015 (com Galid Osman), 2016 e 2018 (com Bia Figueiredo).
Cinco perguntas para Beto Monteiro
1 – Você foi campeão da Copa Truck nas duas últimas temporadas e tem boas perspectivas para 2021. O que te levou a sair dessa zona de conforto para se desafiar na Stock Car a essa altura da sua carreira?
BM – Eu tenho boas perspectivas de andar na frente esse ano na Truck novamente, mas o desafio de andar de Stock Car, uma das categorias mais competitivas do mundo, e a paixão pelo esporte, me fizeram sair da zona de conforto.
2 – Em termos de tocada, aproximação e contorno de curva, freada, ultrapassagens, quais são as diferenças mais gritantes entre um Stock Car e um Truck?
BM – Todas as diferenças entre a Stock Car e o caminhão são gritantes, a única coisa que se aproxima é a velocidade de reta. A maior diferença mesmo é o ponto de freada e a velocidade mínima na curva. O caminhão tem 4500 quilos, tem que frear bastante a fazer a curva com bem menos velocidade que o Stock Car, que pesa um terço, usa pneu slick e tem mais aerodinâmica.
3 – Fisicamente, quais são as exigências das duas categorias e o como você se prepara para encará-las aos 45 anos?
BM – Eu sempre me preparei muito para o automobilismo em geral, não só para a Truck, mas estou intensificando o ritmo para poder aguentar o ritmo das duas categorias, voltando forte com os treinos de shifter kart e me preparando na academia com exercícios específicos para pilotos, tanto de resistência quanto de força. Trabalho com dois grandes profissionais dessa área, o Vanderlei Pereira e o Vitor Ely.
4 – Quais são suas expectativas para essa primeira temporada na Stock Car?
BM – A expectativa é boa. Se eu conseguir andar entre os dez ficarei muito satisfeito. Sei que é um objetivo muito ousado para um primeiro ano completo na categoria, porque todo mundo que chega na Stock Car, vindo de onde vier, Fórmula 1, Fórmula Indy ou outras categorias de turismo, sofre. Estou consciente disso, mas tenho meu objetivo.
5 – Como você vê o piloto como embaixador de uma marca (no seu caso, a Universal Automotive), e como você treina para exercer bem esse papel?
RM – É um orgulho muito grande para qualquer piloto representar uma marca e uma empresa como a Universal, uma empresa tão grande do setor automotivo, nas duas principais categorias do esporte motor brasileiro. Tento estar sempre em conexão com a empresa, não só na pista, como fora da pista com os clientes, com as ativações. Temos uma sinergia muito forte nesse trabalho com clientes, colaboradores, ativação interna, motivação. Pra mim é muito bacana fazer parte do Time Universal.