O Brasil possui 26 estados, além do Distrito Federal. Destes, apenas cinco participarão da Liga Nacional de Futsal na temporada 2020. Como um dos convidados, o Real Brasília, aumenta para seis o número de regiões que contemplam a edição histórica dos 25 anos da LNF.
O “eixo” no futsal brasileiro corresponde à região sul. O Paraná, com o convite ao Umuarama, terá seis representantes: Campo Mourão, Cascavel, Foz Cataratas, Marreco e o Pato, atual bicampeão. Na sequência numérica e geográfica aparecem Santa Catarina com cinco equipes: Blumenau, Jaraguá, Joaçaba, Joinville e Tubarão; e o Rio Grande do Sul, com três: ACBF, Assoeva e Atlântico. Se depender de quem participa da organização da LNF, esse mapa terá mais estados nos próximos anos.
“Pessoalmente sou suspeito. Tenho isso como um projeto pessoal, e está no papel faz uns três anos a ideia de expansão da Liga não somente em número de equipes, mas geográfica e mais abrangente também. Tenho conversado com muita gente fora do eixo onde ela é disputada. Esse assunto está no escopo do nosso planejamento estratégico”, garante Luiz Taveira, vice-presidente técnico da LNF e dirigente do Minas.
De Minas Gerais, o Praia Clube, de Uberlândia, retorna a integrar o leque de participantes, reforçando o DNA regional da competição, embora seja da capital Belo Horizonte o recorde de partições. O Minas esteve presente desde o início da competição, em 1996.
“Para nós é motivo de orgulho. E é um princípio quase estatutário do clube de participar de praticamente todas as ligas em todas modalidades. Temos isso no nosso pedigree. Embora o futsal no clube estivesse esquecido antes da Liga, nos organizamos bem depois que a liga iniciou.”, completa Taveira, que trabalha há 25 anos no clube.
Fazer a Liga crescer fora das quadras atinge expectativas de quem tem a missão de tratá-la também como um produto comercial de abrangência maior:
“Nossa vontade é que a cada edição possamos ter uma nova União Federativa representada. Nessa edição, a equipe do Brasília vem a atender essa vontade.”, explica Francis Berté, vice-presidente de marketing e comunicação da LNF.
Nas 24 edições anteriores do torneio, apenas em três oportunidades outros estados puderam participar. Em 2001, a Bahia foi representada pelo UNEB; em 2007 o Espírito Santo pelo Álvares; e dois anos atrás o Shouse, de Belém, foi convidado para a disputa. Uma certeza fica, da voz do maior campeão da competição, de que os passos dados ultimamente são no intuito de crescimento da organização, não somente em estrutura, mas potencial.
“O maior desafio do marketing da LNF para a edição dos 25 anos é dar a notoriedade e a amplitude que a competição merece. Uma das conquistas é que será a primeira edição com 100% de cobertura televisiva. Outras ações estão sendo planejadas para este ano. Todos eles com o objetivo de engrandecer ainda mais a maior liga de futsal do planeta.”, encerra Berté, campeão em cinco oportunidades pela ACBF.
Enquanto o coronavírus impede a bola de rolar nas quadras, é tempo para relembrar alguns números que fazem da LNF a maior emoção no futsal brasileiro.
Curiosidades da LNF
Primeiro campeão: Inter/RS
Equipe com mais títulos: ACBF/RS – 5 vezes
Estado com mais títulos: Rio Grande do Sul – 9 taças – ACBF (5), ULBRA (3) e Inter (1)
Time que disputou todas as edições: Minas (todas as 24 edições)
Estados com participação em todas as edições: RS, SC, PR, SP e MG
Estados com uma participação: UNEB/BA, em 2001 e Shouse-PA, em 2018
Equipe que mais disputou finais: ACBF/RS – 7 vezes
Edição com maior número de gols: 2011 com 1726 gols
Edição com menor número de gols: 1996 com 589 gols
Edição com melhor média de gols: 1998 com 8,6 gols por jogo
Edição com maior número de participantes: 2011 com 23 equipes
Maior artilheiro da história da LNF: Falcão com 396 gols
Maior artilheiro em uma edição: Manoel Tobias, em 1999, com 52 gols