Já sob o comando do técnico Marcelo Martelotte e com o ex-jogador e ídolo paranista Hélcio no cargo de superintendente de futebol, o Paraná recebe o Luverdense, sexta-feira (17), às 21h, na Vila Capanema, pela décima rodada da Série B.Será uma espécie de recomeço para o Tricolor.
O clube aposta no resgate de um grande ídolo do clube para gerenciar a profissionalização do futebol. Hélcio é o terceiro jogador que mais vestiu a camisa paranista, com 326 partidas durante a década de 90 e no início dos anos 2000. O ex-volante conquistou o tricampeonato paranaense (1994, 1996, 1997) e o módulo amarelo da Copa João Havelange, equivalente a Série B, em 2000.
Apesar de ter experiência como agente de atletas, este será o primeiro cargo de dirigente que Hélcio assume na carreira, desde que parou de jogar em 2005. O novo cartola afirma que não será mais empresário de jogadores. “Eu encerrei o meu vínculo com todos os atletas. Senti muito em largar essa função [empresarial], mas eu sinto que o Paraná precisa de mim”, garante o ex-volante, que agenciava, por exemplo, o atacante tricolor Henrique, que recentemente voltou ao clube, emprestado pelo Atlético-MG.
Hélcio e Martelotte chegam para substituir Durval Lara Ribeiro, o Vavá, cartola afastado pela diretoria, e o treinador Claudinei Oliveira, demitido na última segunda-feira (9). O gerente de futebol Beto Amorim também foi desligado do clube.
“Com o afastamento do Vavá, o Hélcio vem para antecipar o nosso projeto de profissionalização do futebol, que seria feito no ano que vem. O nome do Marcelo [Martelotte] já estava na nossa agenda e a vinda dele já teve participação do Hélcio”, explica o presidente Leonardo Oliveira.
Já Martelotte chega com o objetivo de repetir o sucesso obtido no Santa Cruz, quando conquistou o acesso para a Série A em 2015. O técnico assumiu o clube pernambucano na zona do rebaixamento, na oitava rodada, e terminou como vice-campeão da Série B.
“O problema não é tão grande assim. Entendo que houve um desvio, que foi na partida contra o Náutico. O time estava sendo regular, mas regular não é o bastante”, analisa Martelotte.