Localizado a 1.341 km da Vila Capanema, o Estádio Kleber Andrade será a casa doParaná neste sábado (22), às 16h30, diante do Vasco, pela 32.ª rodada da Série B.
Mandante ‘visitante’ em Cariacica-ES, já que vendeu a partida para uma empresa, o Tricolor testará seu mau momento no campeonato – uma vitória nos últimos sete jogos – contra a crise dos cariocas, que perderam a liderança após conquistar apenas três dos últimos 12 pontos em disputa.
A diretoria paranista optou pela verba extra do jogo no reduto de torcedores vascaínos em vez de manter o duelo em Curitiba, onde teve lucro (mínimo) apenas uma vez em 15 jogos na Segundona: R$ 9 mil, contra o Avaí. A renda líquida total em casa é negativa em R$ 433 mil.
A situação no campeonato, com o risco de rebaixamento latente, irritou grande parte da torcida. De volta ao time após cumprir suspensão na derrota para o Joinville, o goleiro Marcos garante entender a revolta das arquibancadas, mas ao mesmo tempo compreende a lógica da decisão. “Falando por mim, gostaria de jogar na Vila, com estádio cheio, com nossa torcida. Mas também tenho que entender que é para pagar salários, ter renda que banque o salário dos atletas”, diz.
O técnico Roberto Fernandes, por outro lado, diz acreditar que a mudança de local da partida também tirou a responsabilidade de vitória do Paraná. Para o treinador, o campeonato disputado pela equipe é contra o rebaixamento e por isso o importante mesmo é vencer o Bragantino, primeiro ocupante da ZR, na próxima rodada, na Vila Capanema.
“O Paraná tem de fazer seu mando de campo”, analisa Fernandes, com uma vitória e três derrotas desde que assumiu o time, em setembro.
Se o confronto com o Vasco conta com mais um jogo como visitante, o Tricolor precisará jogar muito para voltar do Espírito Santo com um triunfo. Nos últimos quatro jogos como forasteiro, foram quatro derrotas. Ao todo, são três resultados positivos longe da Vila – uma deles contra o próprio Vasco, em junho: 2 a 1 em São Januário.
“A ansiedade tem atrapalho nos jogos fora, principalmente nos últimos. Temos tido oportunidade para fazer o primeiro gol antes, mas não temos feito e isso vai gerando intranquilidade, até pela pressão, e isso tem atrapalhado. O treinador conversou sobre a questão emocional para que tenhamos força para reagir se tomarmos um gol”, pede Marcos.